A Vale reconhece que aquilo que “vinha fazendo”, em relação à segurança das barragens de rejeitos de mineração, não funcionou, considerando o rompimento da estrutura em Brumadinho (MG), afirmou hoje (14) o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.
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O executivo, que continua a dizer que a mineradora ainda não sabe a causa do desastre, afirmou também que a empresa buscará ajuda de especialistas nacionais e internacionais para aperfeiçoar o sistema de regras para construção e manutenção de barragens. “A Vale humildemente reconhece que, seja lá o que a gente vinha fazendo, não funcionou, já que uma barragem caiu”, disse Schvartsman, ao falar em reunião de comissão externa da Câmara dos Deputados, destinada a acompanhar as investigações da tragédia em Brumadinho, além de outras questões relacionadas.
O executivo também afirmou aos deputados que a empresa “é uma das melhores, se não a melhor empresa que eu jamais conheci na minha vida”, e defendeu que ela não seja condenada pelo ocorrido, que deixou mais de 300 vítimas, incluindo mortos e desaparecidos. “É uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em de suas barragens, por maior que tenha sido a sua tragédia”, afirmou.
O rompimento da barragem que atendia a mina Córrego de Feijão e que tinha mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, despejou no dia 25 de janeiro uma onda de lama que atingiu refeitório e área administrativa da Vale, além de mata, rios e comunidades da região.