O Uber não tem responsabilidade criminal por um acidente ocorrido em março de 2018 no Estado norte-americano de Arizona, no qual um dos carros autônomos da empresa atropelou e matou um pedestre, disseram promotores.
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O promotor do condado de Yavapai disse em comunicado que “não há base para responsabilidade criminal” para o Uber, mas que a motorista de apoio, Rafaela Vasquez, deve ser encaminhada à polícia de Tempe para investigação adicional.
A decisão dos promotores de não apresentarem acusações criminais remove uma possível dor de cabeça para a empresa, já que os executivos da companhia tentam resolver uma longa lista de investigações federais, processos judiciais e outros riscos legais antes de IPO previsto para este ano.
O acidente envolveu um veículo utilitário esportivo Volvo XC90 que o Uber estava usando para testar a tecnologia de direção autônoma. O acidente fatal foi um revés do qual a empresa ainda não se recuperou; seus testes de veículos autônomos permanecem em escala reduzida.
O acidente também foi um golpe para toda a indústria de veículos autônomos e levou outras empresas a interromperem temporariamente seus testes.
Rafaela, a motorista de apoio do Uber, pode ser acusada de homicídio veicular, de acordo com um relatório da polícia em junho. Rafaela não quis anteriormente e não foi encontrada para comentar o assunto.
Com base em um vídeo de dentro do carro, registros coletados pelo serviço de transmissão de filmes pela internet Hulu e outras evidências, a polícia afirmou no ano passado que Rafaela estava olhando para baixo e vendo um streaming de um episódio do programa “The Voice” no celular até o instante da colisão. A motorista olhou para cima meio segundo antes do carro atingir Elaine Herzberg, 49, que morreu em consequência dos ferimentos.
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A polícia descreveu a tragédia como “totalmente evitável”.
Em março do ano passado, as autoridades do Arizona suspenderam licença do Uber para testar carros autônomos. O Uber também suspendeu voluntariamente todo o seu programa de testes e deixou o Arizona.
Em dezembro, o Uber retomou testes limitados de carros autônomos em Pittsburgh, restringindo os carros a um pequeno circuito que eles podem percorrer apenas em condições favoráveis de clima. A empresa agora está testando com duas pessoas no banco da frente e monitora mais rigorosamente os condutores de segurança. A companhia também disse no ano passado que fez melhorias no software dos veículos.
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