A Boeing abandonou hoje (24) sua perspectiva financeira de 2019, suspendeu a recompra de ações e anunciou US$ 1 bilhão em aumento de custos devido à suspensão de sua aeronave mais vendida, o 737 MAX, após dois acidentes em cinco meses.
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A maior fabricante de aviões do mundo enfrenta uma das maiores crises em seus 103 anos de história após os desastres da Lion Air na Indonésia em 29 de outubro e da Ethiopian Airlines em 10 de março, que juntos mataram 346 pessoas.
A Boeing agora lida com um golpe em sua reputação e com o custo financeiro de colocar os aviões de volta no ar. Ela divulgou um lucro drasticamente abaixo das estimativas de Wall Street, em grande parte devido à interrupção das entregas dos jatos 737 MAX e a uma desaceleração na produção.
Investidores procuram respostas sobre como a Boeing planeja reparar sua imagem e evitar mais prejuízos financeiros. Um quadro mais completo não surgirá até o final do segundo trimestre, já que os cortes na produção do 737 só começaram em meados de abril.
A Boeing disse que divulgará nova previsão financeira quando tiver mais clareza sobre questões envolvendo o 737 MAX. Em janeiro, a empresa esperava uma receita anual de US$ 109,5 bilhões a US$ 111,5 bilhões e lucro básico por ação de US$ 19,90 a US$ 20,10.
O fluxo de caixa operacional do primeiro trimestre caiu de US$ 3,14 bilhões para US$ 2,79 bilhões, abaixo da estimativa média de Wall Street de US$ 2,82 bilhões.
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A receita caiu 2%, para US$ 22,92 bilhões, abaixo da estimativa de analistas, de US$ 22,98 bilhões.
Excluindo certos itens, o lucro principal da Boeing caiu para US$ 3,16 por ação no trimestre, ante US$ 3,64 por ação um ano antes, em linha com a estimativa média de analistas.
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