O dólar apresenta hoje (4) leves variações ante o real, com o mercado ainda digerindo a participação tumultuada do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e monitorando encontros do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares.
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Às 10h15, a moeda norte-americana recuava 0,01%, a R$ 3,8782 na venda. Ontem (3), a moeda encerrou com avanço de 0,57%, a R$ 3,8787 na venda. O dólar futuro subia cerca de 0,2% neste pregão.
Em uma audiência de mais de seis horas marcada por embates com a oposição, Guedes reconheceu que o Congresso poderá mudar a reforma da Previdência em pontos considerados sensíveis, mas reforçou o apelo para economia robusta o suficiente para abrir caminho para o sistema de capitalização.
A participação do ministro terminou de forma abrupta, com a decisão do presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), de encerrar a audiência depois de um novo conflito entre deputados da oposição e Guedes.
Na avaliação do sócio do grupo Laatus, Jefferson Laatus, a audiência da véspera trouxe ao mesmo tempo um sinal positivo, depois que Guedes defendeu e falou bem sobre a reforma, e um sinal negativo, o de que a oposição atuará fortemente contra a proposta.
“Preocupa a ausência de aliados, a gente não viu a Joice [Hasselmann], não vimos o Eduardo Bolsonaro. O sentimento foi de que Guedes foi momentaneamente jogado aos leões”, avaliou o especialista, acrescentando que a articulação política ainda está aquém do esperado por agentes financeiros.
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Cresce a preocupação entre os investidores sobre a capacidade de Guedes e outros membros do Executivo em convencer a Câmara dos Deputados sobre a necessidade de aprovar a reforma.
Agora o mercado passa a olhar para os encontros de Bolsonaro com parlamentares, previstos para durarem todo o dia, com o objetivo de articular a reforma da Previdência. “É uma sinalização super positiva, de que vai começar de fato a articular. Há uma preocupação grande do mercado se ele vai conversar ou não com a oposição. Se não conversar, vai ser pior”, disse Laatus sobre a agenda de Bolsonaro.
No exterior, as moedas emergentes perdiam força contra o dólar com investidores aguardando mais evidências concretas de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China em dia que tem na agenda encontro do presidente norte-americano, Donald Trump, com o vice-premiê chinês, Liu He.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 4,843 bilhões.
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