A fabricante de papel e celulose Klabin anunciou que aprovou a expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, o projeto Puma II, que vai consumir investimentos de R$ 9,1 bilhões até 2023. Puma II, resultado de um estudo para expansão orgânica da empresa, abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose na unidade na cidade de Ortigueira (PR). O anúncio acontece cerca de três meses após a conclusão da fusão entre duas rivais da Klabin, pela qual a Suzano incorporou a Fibria, criando a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.
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Segundo a Klabin, a capacidade total das máquinas de Puma II será de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner. Na Unidade Puma, a Klabin já produz celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.
O projeto Puma II será dividido em duas etapas. A primeira envolve a construção de uma linha de fibras para produzir celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel Kraftliner e Kraftliner Branco, que serão comercializados sob a marca Eukaliner, com capacidade de 450 mil toneladas anuais. A segunda etapa contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a uma máquina de papel Kraftliner com capacidade de 470 mil toneladas anuais e expansão de algumas estruturas de apoio.
O cronograma prevê que as obras de cada etapa durem 24 meses, com o início da segunda etapa logo ao término da primeira. O início da primeira máquina está programado para o segundo trimestre de 2021, e o da segunda, para o segundo trimestre de 2023. Cerca de dois terços dos desembolsos ocorrerão entre 2019 e 2021. O projeto será financiado com caixa próprio da companhia, podendo ser complementado com financiamentos. Segundo a Klabin, Puma II pode criar até 9 mil empregos.
No fato relevante, a Klabin argumentou que o mercado mundial de embalagens teve forte crescimento nas últimas décadas, principalmente em países emergentes, impactando a demanda. “O consumo global de papel para embalagens, que era de cerca de 60 milhões de toneladas em 1990, hoje é da ordem de 170 milhões de toneladas, conforme apuração da consultoria Pöyry. A mesma consultoria estima crescimento global no mercado de papéis para embalagens até 2025 de 2,4% ao ano”, diz trecho do comunicado da empresa.
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