A maior processadora de carne bovina do mundo, JBS, teve lucro líquido de cerca de R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre, mais que o dobro do desempenho registrado um ano antes, com forte desempenho de unidade de suínos nos Estados Unidos e fraqueza na divisão Seara no Brasil. A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 3,19 bilhões entre janeiro e março, um crescimento de 14,4% sobre o mesmo período do ano passado.
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O desempenho do Ebitda veio praticamente em linha com os R$ 3,1 bilhões estimados em média por analistas consultados pela Refinitv. Enquanto isso a receita líquida, de R$ 44,37 bilhões, ficou abaixo dos R$ 45,9 bilhões previstos em média por analistas.
A divisão Seara sofreu queda de 15,8% no Ebitda do primeiro trimestre e a margem recuou de 8,3% um ano antes para 6,6%. Segundo a JBS, o volume de vendas total da Seara caiu no período em parte por causa de desabilitação de fábricas que exportavam para a Arábia Saudita e aumento de preços de venda, que subiram 16,6%, “ainda insuficiente para cobrir os aumentos dos custos das principais matérias-primas”. No mercado interno os volumes de venda foram estáveis.
Na avaliação da JBS, os efeitos positivos da crise de peste suína africana na China, que dizimou milhões de animais no país, “irão se intensificar nos próximos meses e atingirão todas as proteínas animais que o país (Brasil) produz e comercializa tanto no mercado externo como no interno”. A avaliação é semelhante à informada pela rival BRF, que citou efeitos de queda no custo de grãos, devido ao menor consumo, e aumento na demanda chinesa por carne.
Já a JBS Brasil viu a desempenho sair de negativos R$ 100,9 milhões para R$ 195 milhões positivos, com a margem crescendo de 1,6% negativo para 2,9% positivos. As operações de suínos da empresa nos EUA tiveram alta de 32,7% no Ebitda, para R$ 588,5 milhões, mas a margem caiu de 6,2% para 5,2%. A companhia terminou o trimestre com dívida líquida de R$ 48,73 bilhões, um crescimento de 7% sobre o primeiro trimestre de 2018. A alancagem passou de 3,24 para 3,2 vezes em reais.
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