O grupo de commodities agrícolas Louis Dreyfus chegou a um acordo para renovar uma linha de crédito de US$ 750 milhões na América do Norte, que será precificada de acordo com a forma com que a empresa atua em relação a uma série de objetivos de sustentabilidade.
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Sob essa nova linha de crédito rotativo, a taxa de juros será vinculada ao desempenho da Dreyfus em emissões de gás carbônico, consumo de eletricidade, utilização de água e descarte de resíduos sólidos em aterros sanitários.
Para cada ano em que a performance da Dreyfus melhorar em relação a esses fatores, a margem da taxa de juros será reduzida, segundo comunicado da empresa.
No ano passado, cerca de US$ 36 bilhões em empréstimos vinculados à sustentabilidade foram liberados mundialmente, em uma tendência liderada por empresas europeias, de acordo com a agência Moody’s. Padrões globais adotados por associações comerciais de empréstimos neste ano devem alavancar a atividade nos Estados Unidos.
Entre os fatores de discussão quanto à sustentabilidade nos setores agrícola e de operação de commodities, está a produção de soja no Brasil. No início deste ano, a Dreyfus concordou em monitorar as cadeias de oferta da oleaginosa sobre desmatamento nas áreas do Cerrado.
A Dreyfus planeja utilizar metas de sustentabilidade similares quando suas duas outras linhas de crédito rotativo tiverem de ser renovadas na Ásia e na região de Europa, Oriente Médio e África (Emea), segundo a própria empresa.
A nova linha de crédito é ancorada por BNP Paribas, Bank of America, ICBC, ING, MUFG, Société Générale e SunTrust, com a ING atuando como agente estruturante de sustentabilidade e o BNP Paribas como coordenador de sustentabilidade.
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