O conselho de administração da Via Varejo aprovou proposta a acionistas para exclusão de cláusulas do estatuto da companhia que encarecem a venda de participação relevante na empresa. A proposta é direcionada à assembleia extraordinária de acionistas marcada para 3 de junho. O Grupo Pão de Açúcar (GPA), controlador da Via Varejo, tenta vender a companhia desde o final de 2016.
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Segundo proposta do conselho da Via Varejo, a iniciativa é positiva “para a companhia e seus acionistas, dado que a cláusula de proteção à dispersão acionária pode obrigar investidores relevantes interessados em investir na companhia a terem que realizar oferta pública de aquisição da totalidade das ações em circulação a preços artificialmente elevados, bem como reduzir a liquidez das ações”.
Atualmente, o estatuto da Via Varejo estabelece que caso algum acionista atinja participação de 20% ou acima disto, uma oferta pública de compra de todas as ações da empresa (OPA) deve ser feita em no máximo 60 dias.
As ações da Via Varejo encerraram ontem (2) em alta de cerca de 1%, cotadas a R$ 4,14.
Além disso, o estatuto estabelece que o preço desta OPA deverá ser estabelecido com base no que for maior: ou o maior valor de ação pago nos últimos seis meses pelo acionista com 20% ou mais da companhia ou o que for estabelecido em laudo de avaliação da empresa.
O GPA possui atualmente 36,27% de participação na Via Varejo e já informou que espera encontrar um comprador estratégico para a rede de móveis e eletrodomésticos até o final deste ano.
A Via Varejo teve prejuízo líquido de R$ 49 milhões no primeiro trimestre, revertendo lucro líquido de 64 milhões obtido um ano antes. A empresa previu no final de abril investimento de R$ 550 a 600 milhões em 2019.