O dólar avançava ante o real hoje (27), de olho no cancelamento da reunião desta quinta-feira na comissão especial sobre reforma da Previdência, e tendo o exterior como pano de fundo.
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Às 10:20, a moeda brasileira avançava 0,30%, a R$ 3,8581 na venda. Na quarta-feira (26), o dólar encerrou em queda de 0,16%, a R$ 3,8467 na venda. Neste pregão, o dólar futuro tinha alta de 0,44%.
A sessão da comissão especial da Câmara prevista para esta quinta-feira foi adiada, o que leva a votação da matéria no colegiado também para a próxima semana.
O motivo do adiamento não foi informado de imediato. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai se reunir com líderes partidários em sua residência oficial para discutir a próxima etapa de análise da proposta, segundo a Agência Câmara.
Segundo ele, ainda haverá um encontro com governadores na próxima terça-feira (2), ocasião em que os chefes dos Executivos estaduais levarão um levantamento do número de votos que conseguiriam mobilizar e uma sugestão do texto que consideram adequado para que Estados e municípios possam ser incorporados pela reforma.
Por isso mesmo, Maia calcula que a votação da proposta só deve ocorrer no colegiado na terça ou na quarta-feira (3) da próxima semana.
“Na prática o atraso dificulta muito a votação no plenário antes do recesso, que começa dia 18 de julho”, avaliaram economistas da XP Investimentos, em nota.
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O adiamento gerou cautela entre investidores, o que soma a um movimento usual de fim de mês de fortalecimento do dólar, explicou o diretor de câmbio do banco Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
“O mercado nesta quinta e sexta-feiras deve pesar um pouco mais, na sexta com a formação da Ptax, com empresas estrangeiras enviando os lucros para fora, e o BC está agindo um pouco aí, jogando alguns bilhões de dólares no mercado para poder suprir essa saída”, explicou, em referência aos leilões de linha realizados pela autoridade monetária na terça e quarta-feira.
Investidores também têm no radar o exterior, em especial a cúpula do G20, que começa na sexta-feira.
O foco é o encontro bilateral entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e norte-americano, Donald Trump, quando se espera que os líderes das duas maiores economias globais achem uma resolução para a guerra comercial.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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