O dólar recuava ante o real hoje (7), acentuando o movimento depois de abrir com poucas variações após a divulgação de relatório de empregos dos Estados Unidos, e monitorando trabalhos ligados à Previdência no plano doméstico.
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Às 10:37, a moeda norte-americana recuava 0,30%, a R$ 3,8711 na venda. Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,33% contra o real, a R$ 3,8826 na venda. O dólar futuro caía por volta de 0,25% neste pregão.
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou acentuadamente em maio para 75 mil, ante expectativa de economistas para abertura de 185 mil postos, e os salários subiram menos que o esperado, sugerindo que a perda de ímpeto na atividade econômica está se disseminando para o mercado de trabalho.
Agentes financeiros olhavam atentamente para os dados, uma vez que tais números são uma variável importante que pode pressionar ainda mais o Federal Reserve a cortar juros nos Estados Unidos neste ano.
“Com a escalada nas disputas comerciais e preocupação com crescimento econômico global, os mercados avaliam como os bancos centrais globais responderão. Os dados que poderiam afetar qualquer decisão para impulsionar a economia estão em foco”, explicaram economistas da XP Investimentos, em nota.
Após a publicação dos dados de emprego, operadores de juros futuros ampliavam suas apostas de que o Fed poderá cortar os juros até três vezes até o fim deste ano.
Em Washington, prosseguem as negociações entre EUA e México para tentar fechar um acordo que impeça a aplicação de tarifas norte-americanas sobre produtos mexicanos. O presidente mexicano, Manuel López Obrador, disse que fará um anúncio sobre a relação comercial com os EUA às 21h de sábado (no horário de Brasília).
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Já na disputa comercial com a China, o governo norte-americano prorrogou em duas semanas o prazo para a entrada de exportações chinesas nos EUA antes de elevar tarifas a 25%.
O dólar perdia força globalmente, recuando cerca de 0,4% frente a uma cesta de moedas.
No lado doméstico, o mercado segue monitorando desdobramentos ligados à pauta econômica, em especial à reforma da Previdência, com expectativa de que o parecer do relator do texto na comissão especial seja apresentado no início da próxima semana.
Na quinta-feira (6), um grupo de 25 governadores assinou uma carta pedindo a manutenção dos Estados e municípios no texto da reforma, em um movimento que tenta se contrapor à possibilidade, levantada no Congresso, de que os servidores estaduais e municipais não sejam cobertos pelas mudanças de regras.
Contribui para o bom humor na cena local a decisão do Supremo Tribunal Federal na noite de quinta-feira que dispensa aval prévio do Congresso Nacional para a venda do controle de acionário de subsidiárias de estatais.
“Agora se espera que durante o segundo semestre sejam destravados os investimentos em diversos setores”, afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, em nota.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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