O dólar subiu hoje (25) ao maior patamar em mais de duas semanas contra o real, acima de R$ 3,78, em meio a dúvidas sobre a disposição dos bancos centrais para aumentar a liquidez no mundo, expectativa essa que nas últimas semanas patrocinou a valorização do real e de outras moedas emergentes.
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O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$ 3,7826 na venda. É o maior nível desde 8 de julho (R$ 3,8081).
O mercado demonstrou certa frustração com o tom do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considerado menos inclinado a estímulos do que o antecipado. Isso, somado a dados mais fortes nos Estados Unidos, adicionou mais dúvidas sobre a disposição do Federal Reserve (Fed) em promover um corte mais agressivo de juros na semana que vem.
Boa parte da queda recente da moeda norte-americana esteve relacionada à perspectiva de condições monetárias mais frouxas no mundo, diante da ampla expectativa de que os principais bancos centrais reforçariam medidas de estímulo.
O alívio nas condições financeiras no exterior aumentaria a liquidez, que poderia migrar para mercados que oferecem retornos comparativamente mais elevados, caso do Brasil. Com mais fluxo, o dólar tenderia a cair.
O cenário geral, porém, segue favorável a mais valorização do real, de acordo com estrategistas do CIBC Capital Markets, braço do Canadian Imperial Bank of Commerce. “Esperamos que a tendência de queda do dólar ante o real se mantenha em direção aos R$ 3,65, conforme as diluições da reforma da Previdência são mantidas em patamares mínimos”, disseram os estrategistas em nota a clientes.
A última vez que o dólar foi cotado na faixa de R$ 3,65 foi em 31 de janeiro passado (R$ 3,6588).
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