O dólar caía levemente ante o real hoje (22), com poucos drivers em meio à expectativa pelas decisões de política monetária nos Estados Unidos, Brasil e zona do euro, com a reunião do BCE na quinta-feira (25).
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Às 10:34, a moeda norte-americana recuava 0,18%, a R$ 3,7384 na venda. Na sexta-feira (19), o dólar encerrou com avanço de 0,43%, a R$ 3,7453 na venda. Neste pregão, o dólar futuro perdia cerca de 0,2%.
“Nos últimos dias, toda a questão de cenário melhor, perspectiva de juros mais baixo lá fora, Previdência tendo andado bem aqui fez com que a moeda permanecesse bem nesse patamar”, afirmou o economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro.
O mercado adota compasso de espera em semana que deve ter agenda tranquila, antes das decisões de juros de bancos centrais ao redor do mundo, a começar pelo Banco Central Europeu nesta quinta-feira.
Mercados financeiros precificavam mais de 50% de chance de o BCE fazer um corte de 10 pontos básicos na taxa de juros e investidores em títulos esperam ao menos uma promessa clara de ação em setembro.
Com relação aos Estados Unidos, as expectativas de um corte de 0,50 ponto percentual diminuíram ainda mais depois que o “Wall Street Journal” noticiou que o Fed deve cortar os juros em 0,25 ponto quando se reunir no final do mês, e pode fazer novas reduções no futuro dado o crescimento global e as incertezas comerciais.
A consolidação das apostas de que o Fed optará por um corte mais modesto na reunião da próxima semana pressionava ligeiramente moedas emergentes neste pregão.
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Internamente, participantes do mercado acompanham eventuais desdobramentos ligados à agenda econômica em meio ao recesso no Congresso e há atenção para as recentes declarações controversas do presidente Jair Bolsonaro e seu impacto nas relações do Executivo com outros Poderes.
Agentes financeiros também trazem no radar a decisão do Copom na próxima semana, sob expectativa de que o BC reduzirá a Selic em 0,25 ponto percentual.
“O importante é entender a questão do Copom. Todo mundo estava na expectativa dado que nas últimas comunicações por parte do BC, eles têm colocado que dependiam um pouco da reforma (da Previdência)”, afirmou Alencastro.
Segundo ele, agora que a reforma avançou consideravelmente, o Banco Central já tem um argumento para reduzir os juros. “Já é um tendência interessante”.
Conforme anunciado na quinta-feira (18), o BC fará nesta segunda-feira leilão de linha de venda de dólar com compromisso de recompra para rolagem do vencimento agosto, com oferta de US$ 2 bilhões.
Na sexta-feira, a autoridade monetária já havia realizado leilão de linha, vendendo a oferta total de US$ 2 bilhões.
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