O conselho de administração da B2W aprovou hoje (20) aumento do capital social da companhia, para subscrição privada, de R$ 2,5 bilhões, com emissão de 64.102.565 novas ações ordinárias.
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O preço de R$ 39 por papel na subscrição representa um desconto de 7,69% em relação ao fechamento da ação na segunda-feira, de R$ 42,25.
Em aviso a acionistas, a empresa disse que o aumento tem como objetivo “melhorar a estrutura de capital, mantido o compromisso de geração de caixa, permitindo que a companhia siga investindo na plataforma digital e acelerando o seu crescimento”.
A B2W, controlada pela Lojas Americanas, afirmou que vem investindo fortemente nos pilares fundamentais do seu negócio, principalmente tecnologia, logística e distribuição, para fazer frente aos desafios do e-commerce no Brasil.
“O plano estratégico em curso (2017-2019) visa a acelerar o processo de transformação da companhia em uma plataforma digital híbrida, que é a melhor combinação entre e-commerce (1P), marketplace (3P) e serviços digitais”, afirmou a empresa.
A Lojas Americanas, que detém atualmente 61,51% da B2W, comprometeu-se a exercer o direito de preferência para a subscrição das ações, na proporção da sua participação no capital da companhia, bem como a subscrever até a totalidade do eventual saldo de ações não subscritas no aumento de capital.
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Por volta das 10h25, as ações da B2W caíam 1,2%, a R$ 41,75, enquanto os papéis da Lojas Americanas recuavam 2,7%, a R$ 17,27. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1%.
Analistas do Itaú BBA afirmaram que, dada a atual alavancagem financeira da B2W, o aumento de capital não é uma surpresa, mas o timing foi inesperado. “Em nossa opinião, a melhoria da plataforma logística da empresa é essencial para assegurar a sustentabilidade de seu crescimento, impulsionado principalmente pela expansão da plataforma de mercado”, disse em nota a clientes.
Para a equipe da Brasil Plural, apesar de achar a notícia positiva para a B2W, o principal problema da empresa ainda é a sua estrutura desequilibrada de venda de recebíveis, que afeta constantemente a lucratividade geral.
No caso da Lojas Americanas, os profissionais da Brasil Plural alertam para o risco de descontentamento dos investidores pelo fato de mais caixa estar indo para a B2W em uma época em que o varejista tradicional está tentando reequilibrar seu ciclo de caixa após o difícil período macroeconômico brasileiro.
Com a operação, o capital social da B2W será elevado de R$ 5,75 bilhões para R$ 8,25 bilhões, dividido em 521.669.247 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, sem alteração estatutária.
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De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o acionista titular de 1 ação no dia 22 de agosto terá o direito de subscrever 0,140094476984 (14,0094476984%) ação no âmbito do aumento de capital. O direito de preferência deverá ser exercido a partir do dia 23 de agosto, inclusive, e até o dia 21 de setembro, inclusive.
As ações adquiridas a partir do dia 23 de agosto de 2019 (inclusive) não farão jus ao direito de preferência pelo acionista adquirente, sendo negociadas ex-direito de subscrição.
O percentual de diluição para os acionistas que não subscreverem nenhuma ação durante o período para exercício de direito de preferência do aumento de capital será de 12,28797085%.
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