A BP, principal petroleira britânica, concordou ontem (27) em vender todos os seus ativos no Alasca por US$ 5,6 bilhões para a Hilcorp Energy, de capital fechado, saindo de uma região onde opera há 60 anos.
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O acordo, que inclui participações no campo de petróleo mais prolífico da história dos EUA em Prudhoe Bay, e o duto Trans Alaska de 1.300 km, é parte do plano da BP de arrecadar US$ 10 bilhões nos próximos dois anos por meio da venda de ativos para fortalecer ainda mais seu balanço, disse a empresa.
Durante anos, a BP reduziu seu papel no Alasca, onde a produção de petróleo diminuiu com o declínio no campo de Prudhoe Bay. A BP, que começou a trabalhar no Alasca em 1959, é a operadora e detém uma participação de 26% na Prudhoe, onde a produção começou em 1977.
Em 2014, a BP vendeu à Hilcorp metade de sua participação em um projeto no Alasca. Este ano, os dois deveriam decidir se vão prosseguir com um ambicioso projeto marítimo de US$ 1,5 bilhão que requer a construção de uma ilha artificial.
A aquisição se encaixa na estratégia histórica da Hilcorp de adquirir campos maduros de grandes empresas de petróleo e reduzir custos. A empresa, fundada em 1990 pelo petroleiro do Texas Jeffery Hildebrand, tem operações nos Estados Unidos.
Os porta-vozes da Hilcorp não responderam aos pedidos de comentários.
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“Este acordo leva a Hilcorp a ser a segunda maior produtora e detentora de reservas do Alasca, atrás apenas da ConocoPhillips”, disse Rowena Gunn, analista de energia da Wood Mackenzie. A Hilcorp deve mostrar que pode manter a produção em Prudhoe Bay, onde a BP é a operadora, disse ela.
Até agora, a Prudhoe produziu mais de 13 bilhões de barris de petróleo e estima-se que tenha potencial para produzir mais de 1 bilhão de barris adicionais. A produção líquida de petróleo da BP do Alasca em 2019 deve atingir em média quase 74 mil barris por dia.
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