O dólar recuava ante o real na abertura do pregão de hoje (6), recuperando parte das perdas da sessão anterior em meio a uma ligeira melhora no sentimento no exterior, após a China atuar para conter a queda do yuan após a moeda romper a marca de 7 por dólar na véspera.
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Às 10h16, o dólar recuava 0,34%, a R$ 3,9438 na venda. Na segunda-feira, o dólar fechou com alta de 1,68%, a R$ 3,9572 na venda, o maior patamar desde 30 de maio. O dólar futuro de maior liquidez perdia cerca de 0,5% neste pregão.
A divisa brasileira recuperava parte de suas perdas nesta terça-feira acompanhando o exterior, onde a aversão ao risco era mais moderada neste pregão depois que o banco central chinês atuou para conter a queda do yuan.
Ontem, a moeda chinesa caiu e rompeu a barreira psicológica dos 7 por dólar sem que o banco central agisse para conter o movimento, com aval do governo.
A decisão levou o governo norte-americano a classificar a China de manipuladora cambial, ao que o governo chinês respondeu que vai “prejudicar seriamente a ordem financeira internacional e provocar caos nos mercados financeiros”, renovando as tensões entre as duas potências econômicas e mantendo investidores cautelosos nesta terça-feira.
“É difícil ‘comprar’ a ideia de que o mau humor passou, sendo o pano de fundo ainda de bastante cautela com a rápida escalada nas tensões entre EUA e China”, avaliou a equipe da corretora H.Commcor, em nota.
O índice do dólar contra uma cesta de moedas também recuperava perdas neste pregão, subindo 0,17%, a 97.683.
Internamente, o mercado acompanha a retomada dos trabalhos no Congresso, mais notadamente a votação da reforma da Previdência em segundo turno, que pode começar já nesta terça-feira.
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As tratativas já começaram na segunda-feira, em encontros do presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Senado, Davi Alcolumbre, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, além de uma reunião de Maia com líderes.
Agentes financeiros avaliam que desdobramentos positivos ligados à Previdência nos próximos dias podem ajudar a valorizar o real, mas a cena externa ainda segue fazendo grande pressão no câmbio.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019.
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