O dólar encerrou com leve alta hoje (16), fechando acima da marca de R$ 4 após operar em território negativo mais cedo, com investidores adotando cautela antes do fim de semana ainda em função do exterior, onde prevalecem incertezas ligadas à disputa comercial entre Estados Unidos e China.
O dólar fechou em R$ 4,0037 na venda, com alta de 0,31%. Na mínima do pregão, a moeda tocou marca de R$ 3,9763 e, na máxima, a cotação foi a R$ 4,0070.
Na semana, a divisa avançou 1,57% ante o real, registrando a quinta semana consecutiva de alta. Na B3, o dólar futuro tinha elevação de 0,28%, para R$ 4,008 neste pregão.
Em antecipação ao fim de semana, agentes financeiros encerraram a semana buscando proteção, após uma abertura de pregão mais propensa ao risco nesta sexta-feira.
Ontem (15), a China prometeu retaliar as mais recentes tarifas impostas pelos EUA, sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses. Mais tarde, porém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alivou o tom e afirmou estar mantendo boas discussões com o país asiático.
De acordo com o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, a notícia sobre o tom mais moderado de Trump animou investidores e endossou a abertura em queda nesta sexta-feira.
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Entretanto, ao longo do pregão agentes financeiros reavaliaram posições e, com a ausência de fatos novos que justificassem o otimismo, optaram por proteção antes do final de semana. Também houve algum ajuste técnico após a queda acentuada na véspera, quando a divisa recuou 1,24% ante o real.
“Nosso mercado aqui continua trabalhando protegido em função principalmente do fim de semana”, afirmou Gomes da Silva. “Neste momento, nós estamos em função das questões que envolvem EUA e China, basicamente”, acrescentou.
O real acompanhou o movimento de outras moedas emergentes neste pregão, como o peso mexicano, que também caía cerca de 0,3% frente ao dólar.
Internamente, as atenções seguem voltadas para avanços da pauta econômica no Congresso, notadamente a tramitação da reforma da Previdência no Senado, que passará por análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para, em seguida, ir a plenário.
A reforma tributária também está no radar de investidores. Hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que é possível aprovar a proposta ainda neste ano em pelo menos uma das Casas do Congresso.
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