A petroquímica Braskem teve forte queda no lucro do segundo trimestre, mesmo com melhores resultados operacionais no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto enfrenta os efeitos de desaceleração na Europa e no México e bloqueio de recursos devido a um incidente ambiental em Alagoas. A companhia anunciou lucro de abril a junho de R$ 129 milhões, queda de 76% ante mesma etapa do ano passado. A receita líquida até cresceu 3% no comparativo anual, para R$ 13,34 bilhões. Mas o desempenho medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), caiu 49%, para R$ 1,61 bilhão.
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No Brasil, a demanda por resinas da companhia foi de 1,3 milhão de toneladas, 1% maior do que um ano antes. Apesar da retração do mercado, a companhia ganhou espaço dos rivais. Nos Estados Unidos, a demanda pelos produtos principais da empresa também cresceu, mas esse desempenho foi ofuscado no conjunto das operações internacionais com os efeitos da desaceleração econômica no México e na Europa.
A Braskem tem cerca de R$ 3,8 bilhões bloqueados pela Justiça para garantir eventuais indenizações a afetados por um fenômeno geológico numa área de extração de sal-gema em Maceió. Além disso, a empresa concedeu seguro-garantia de R$ 2,7 bilhões para poder pagar dividendos. A empresa informou que a Bolsa de Nova York agendou para 17 de outubro uma audiência para analisar o recurso contestando a decisão de suspender a negociação com ADRs da Braskem e início do processo de deslistagem devido ao não arquivamento do formulário 20-F de 2017.
A Braskem acrescentou ainda que não foi afetada pelo pedido de recuperação judicial de sua controladora, a Odebrecht.
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