Um fundo de investimento com temática de defesa dos direitos dos animais e ambientalistas, o primeiro do tipo segundo especialistas financeiros, deve começar a ser negociado na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) no próximo mês.
O VEGN, como será mostrado no pregão, estará entre as centenas de fundos que consideram os fatores ambientais, sociais ou de governança (ESG) em decisões de investimento, mas será o único no que se refere à crueldade contra animais, disseram especialistas.
Ativos norte-americanos sob gestão que seguem os princípios ESG estão em alta, representando um em quatro dólares investidos no ano passado, ante um em cada cinco em 2016, de acordo com o Fórum para Investimento Sustentável e Responsável, organização sem fins lucrativos sediada em Washington.
Manter esses investimentos é uma forma de pressionar as empresas a mudarem seu comportamento para não perderem investidores, disse Tensie Whelan, que dirige o Centro para Negócios Sustentáveis da Universidade de Nova York.
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“É uma oferta interessante porque é a única do gênero”, disse ela em entrevista por telefone.
O VEGN exclui ações dentre as 500 maiores empresas norte-americanas que “dependem da exploração animal”, disse a Beyond Investing, criadora do fundo que será listado em 10 de setembro.
A seleção de empresas cujos negócios não testam produtos em animais, ou usem produtos derivados de origem animal, combustíveis fósseis, plástico ou agroquímicos, significou a eliminação de 43% das 500 maiores empresas, disse Claire Smith, executiva-chefe da Beyond Investing.
As diretrizes do portfólio do fundo significam que ele não inclui muitos produtos farmacêuticos, materiais e ações do setor de consumo, disse Smith.
“Coisas como roupas, fabricação de calçados… envolvem muitos produtos de origem animal”, disse ela.
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