O dólar encerrou próximo à estabilidade ante o real hoje (16), primeiro dia de uma semana marcada por reuniões de bancos centrais globais, com investidores monitorando os desenvolvimentos das tensões no Oriente Médio após um ataque de drones às instalações de petróleo na Arábia Saudita.
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O dólar à vista teve alta de 0,06%, a R$ 4,0905 na venda, depois de oscilar entre altas e baixas no pregão. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana chegou a tocar R$ 4,0763, enquanto na máxima chegou a R$ 4,1073. Na B3, o dólar futuro avançava 0,13%, a R$ 4,0930.
Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets, as oscilações do dólar na sessão se deram pela quantidade de fatores externos acontecendo ao mesmo tempo, como as expectativas sobre as reuniões dos BCs globais, dados fracos da China e as tensões na Arábia Saudita.
“É uma semana recheada de expectativas e cautela de todos os lados. O mercado ainda está tentando entender o que está acontecendo, e esse é um movimento natural”, afirmou.
O ataque às instalações de petróleo na Arábia Saudita no fim de semana levou a uma alta nos preços do petróleo na sessão. As moedas de importadores da commodity, como Turquia e Índia, se enfraqueciam. Contra uma cesta de moedas, o dólar subia 0,36%, a 98,607.
Na China, dados mostraram que o crescimento da produção industrial se enfraqueceu inesperadamente para 4,4% em agosto ante o mesmo período do ano anterior, elevando as expectativas de mais estímulos por parte do governo chinês.
Os dados chineses também chamam atenção para os temores sobre uma desaceleração da economia global, com investidores agora atentos à reunião de política monetária do Federal Reserve nos dias 17 e 18 de setembro. Os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 65,8% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
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Esta semana também haverá decisão sobre juros nos bancos centrais da Inglaterra e do Japão. Na cena doméstica, o mercado também se manterá atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulga sua decisão de política monetária no mesmo dia que o Fed.
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