O dólar encerrou em leve alta contra o real hoje (26), em dia marcado por acentuada volatilidade no mercado doméstico de câmbio, com agentes monitorando processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as relações comerciais EUA-China.
LEIA MAIS: Dólar recua ante real com foco em negociações EUA-China
O dólar à vista teve alta de 0,17%, a R$ 4,1618 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 0,27%, a R$ 4,1615. Na mínima, a cotação foi a R$ 4,1224 na venda, menor patamar intradia desde 18 de setembro, enquanto na máxima tocou R$ 4,1690.
“O mercado ainda continua bem perdido. O cenário externo é volátil, com incertezas de todos os lados, especialmente envolvendo o Trump, e isso deixa todo mundo na retaguarda”, afirmou Paulo Celso Nepomuceno, estrategista de renda-fixa da Corretora Coinvalores.
As moedas emergentes pares do real, como peso mexicano e rand sul-africano também se depreciavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana subia contra uma cesta de outras moedas.
O Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos publicou, nesta quinta-feira, uma versão não sigilosa de uma denúncia de um delator alegando que o presidente usou seu gabinete para solicitar interferência estrangeira nas eleições presidenciais de 2020.
Nepomuceno acrescentou que grande parte dos temores em torno da questão do impeachment de Trump é que o presidente norte-americano use as negociações comerciais com a China como ponto para tirar atenção da instabilidade política doméstica.
“Existe a possibilidade dele querer desviar a atenção do processo (de impeachment) enrijecendo as relações com a China. Só essa possibilidade já levanta temores de todos os lados.”
VEJA TAMBÉM: Dólar encerra em queda ante real de olho em Trump
O Ministério do Comércio chinês disse nesta quinta-feira que os dois países ainda estão discutindo detalhes sobre a próxima rodada de negociações comerciais em outubro e estão fazendo preparativos para garantirem “progresso positivo”.
A declaração vem um dia após Trump afirmar que um acordo entre os dois países pode acontecer antes do que as pessoas pensam.
Em contrapartida, a agência “Bloomberg” noticiou que os EUA não devem prorrogar a autorização temporária que permite que a chinesa Huawei compre produtos de empresas norte-americanas.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.