A liderança da Amazon no mercado de computação em nuvem pode ser ameaçada pelo contrato de vários bilhões de dólares acertado entre Microsoft e o Pentágono, disseram analistas de Wall Street hoje (28).
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Na semana passada, a Microsoft ganhou o contrato do Pentágono denominado Joint Enterprise Defense Infrastructure Cloud, ou JEDI, que vale até US$ 10 bilhões ao longo de um período de 10 anos, superando a favorita AWS, da Amazon.
As ações da Microsoft subiam 2,4%, chegando a atingir uma nova máxima nesta segunda-feira.
“Resumindo, o contrato representa uma vitória significativa para a Microsoft e impulsiona o Azure (divisão de computação em nuvem da Microsoft) na guerra das plataformas”, disse Mark Murphy, analista do JP Morgan.
Atualmente, a Amazon Web Services detém cerca de 32% do mercado de computação em nuvem, enquanto o Azure detém cerca de 18%, segundo a empresa de pesquisa Canalys.
Embora a AWS contribua com quase 13% da receita líquida total da Amazon, o Azure responde por cerca de 33% do faturamento da Microsoft.
Analistas da corretora Compass Point disseram que o acordo foi uma “vitória significativa” da Microsoft sobre a AWS e acrescentaram que a Amazon pode contestar a decisão.
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“Esperamos um certo grau de hesitação entre os democratas do Congresso, dadas as dimensões políticas e práticas dessa questão, mas nosso senso é de que é improvável que os parlamentares se aprofundem nessas águas”, disse Marshall Senk, da Compass Point.
As corretoras Mizuho e Independent Research aumentaram preço-alvo das ações da Microsoft com a perspectiva da empresa receber um impulso após o contrato.
“No final, o fato do Azure ter sido escolhido como o único fornecedor desse importante projeto é uma prova do quão longe chegou nos últimos dois anos”, disse o analista da Mizuho, Gregg Moskowitz, que elevou sua projeção de preço da ação da Microsoft em US$ 8, para US$ 160.
O analista Daniel Ives, da Wedbrush, citou que o acordo ajuda a Microsoft a conquistar um pedaço maior de um mercado total estimado em US$ 1 trilhão na próxima década e que apenas com o governo norte-americano é avaliado em US$ 100 bilhões.
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