O dólar fechou em queda ante o real hoje (28), abaixo de R$ 4 pela primeira vez desde meados de agosto, com a moeda refletindo o maior apetite por risco global em meio a esperanças de progressos nas relações comerciais entre China e Estados Unidos e à redução dos riscos de um Brexit desordenado.
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O dólar encontrou espaço para cair também diante da reação moderada dos mercados argentinos à eleição do peronista Alberto Fernández no domingo, que significou uma derrota às políticas do atual presidente, Mauricio Macri, visto como pró-mercado. O peso se valorizou.
O dólar à vista fechou em queda de 0,44%, a R$ 3,9919 na venda. É o menor patamar para um encerramento desde 15 de agosto (R$ 3,9903 na venda).
Na B3, o contrato futuro de dólar com maior liquidez cedia 0,21%, a R$ 3,9975.
Na mínima do dia, a cotação do dólar no mercado interbancário chegou a R$ 3,9731 na venda. Com isso, o dólar operou abaixo de mais uma média móvel (a de 100 dias, de R$ 3,9806), depois de na semana passada ter deixado para trás a média móvel linear de 50 dias.
A queda da moeda para abaixo dessas médias pode acionar ordens automáticas de vendas, o que derrubaria ainda mais o dólar.
O dia foi positivo de forma geral para ativos de risco, o que ajudou a impulsionar ao índice S&P 500 da Bolsa de Nova York a nova máxima histórica.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que espera assinar uma parte significativa do acordo comercial com a China antes do previsto. Os comentários foram feitos depois que o gabinete do Representante de Comércio dos EUA e o Ministério do Comércio da China disseram na sexta-feira (25) que as autoridades norte-americanas e chinesas estão “perto de finalizar” algumas partes de um acordo comercial.
Enquanto isso, a União Europeia (UE) concordou com um atraso flexível de três meses para a saída do Reino Unido do bloco, o que reduz o risco de uma saída britânica desordenada da UE.
Os mercados avaliaram ainda os desdobramentos da eleição de Alberto Fernández à Presidência argentina, no domingo (27). “Os resultados confirmaram as expectativas do mercado”, disse o BTG Pactual em nota a clientes, citando argumento para explicar a reação mais moderada dos ativos financeiros argentinos.
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