O dólar registrou a maior queda em três semanas frente ao real hoje (2), com investidores desmontando apostas na alta da moeda norte-americana, num dia de fraqueza global da divisa após dados nos Estados Unidos reforçarem expectativas de cortes de juros no país.
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O alívio na cotação se deu ainda no dia em que o Senado concluiu a votação em primeiro turno da proposta de reforma da Previdência, ainda que a economia total esperada tenha sido reduzida.
O dólar à vista caiu 0,67%, a R$ 4,1344 na venda. É a maior baixa diária para um fechamento desde 11 de setembro (-0,76%) e o menor patamar desde 18 de setembro (R$ 4,1028). Na B3, o contrato de dólar de maior liquidez cedia 0,64%, a R$ 4,1400.
A máxima do dia (R$ 4,1825 na venda) foi alcançada no começo da sessão e a partir de então o dólar só perdeu força para bater uma mínima de R$ 4,1304 perto do fim do pregão.
“A impressão é que o mercado vendeu bolsa e desmontou o hedge”, disse um gestor em São Paulo.
O Ibovespa caiu 2,9%, mínima de fechamento desde 3 de setembro.
O real tem ficado atrás da Bolsa e da renda fixa nos últimos meses justamente porque tem servido de ativo de proteção aos investimentos nesses mercados.
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Além do ajuste negativo no dólar nos mercados externos, devido a mais dados fracos nos EUA, analistas destacaram que cada vez mais surgem sinais de que a atividade econômica do Brasil tem se destacado positivamente em relação ao mundo. E a volta do crescimento é um fator citado por analistas como necessário para o retorno do fluxo cambial ao país, o que ajudaria a baixar o dólar.
“Brasil na contramão do mundo? Será que agora veremos o contrário? Segundo o PMI, esse cenário se mostra mais provável”, disse Tomás Goulart, sócio e economista-chefe na Novus Capital, em referência a indicadores de atividade do setor manufatureiro.
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