O frigorífico norte-americano JBS USA, do grupo brasileiro JBS, eliminará o aditivo alimentar ractopamina de sua cadeia de suprimentos para ampliar oportunidades de exportação, disse a empresa hoje (4), abrindo caminho para um aumento nas vendas de carne de porco para a China.
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O movimento vem em meio à expectativa de que a China, maior produtora de carne suína do mundo, acelere importações da proteína após sua criação de porcos ter sido dizimada pela peste suína africana.
O país asiático proíbe a ractopamina.
“Estamos confiantes de que essa decisão vai gerar benefícios de longo prazo para nossos parceiros de produção e nossa indústria, ao garantir que os produtos suínos dos Estados Unidos possam competir de maneira justa no mercado internacional”, disse a JBS USA em um comunicado enviado por e-mail.
A JBS acrescentou que já havia retirado a ractopamina de alguns de seus sistemas de produção em agosto de 2018.
Rival da JBS USA na produção de carne de porco nos EUA, a Smithfield Foods, que pertence ao chinês WH Group, já cria todos os seus porcos sem o aditivo tanto nas fazendas da empresa quanto nas contratadas.
A Tyson Foods também disse à Reuters anteriormente que analisa diversificar seu suprimento de carne de porco para que inclua animais livres de ractopamina, de olho na expansão da demanda.
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Os frigoríficos norte-americanos esperam se beneficiar da epidemia de peste suína africana que atingiu a China, gerando escassez de oferta de carne suína no país. O rebanho de porcos da China deve encolher em 55% até o final do ano devido à doença, de acordo com o Rabobank.
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