O leilão de blocos exploratórios de petróleo e gás hoje (10) arrecadou cerca de R$ 8,9 bilhões, mais que o dobro do bônus mínimo de assinatura de R$ 3,2 bilhões previsto para as 36 áreas do certame, com a francesa Total integrando o consórcio que fez o maior lance.
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Com essa arrecadação em bônus, recorde para leilões em regime de concessão, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disseram que o certame superou todas as expectativas.
A arrecadação mostra que política para setor está no rumo certo, destacou o ministro.
As petroleiras QPI, do Catar, Petronas, da Malásia, e Total, da França, fizeram a maior oferta no leilão, arrematando o bloco C-M-541 (Bacia de Campos) com bônus de R$ 4,029 bilhões, segundo informações da reguladora ANP.
Em parceira com a BP, a Petrobras arrematou o bloco C-M-477 (Bacia de Campos), com bônus de R$ 2,045 bilhões.
Um consórcio integrado por Shell, Chevron e QPI levou o bloco C-M-659 (Campos), com bônus de R$ 714 milhões.
O mesmo consórcio (Shell-Chevron-QPI) arrematou o bloco C-M-713 (Campos), com bônus de R$ 550,81 milhões.
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A Petronas também arrematou sozinha o bloco C-M-661 (Campos), pagando bônus de R$ 1,115 bilhão, segundo a ANP.
Antes mesmo do início do evento, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) havia previsto que a 16ª Rodada seria a mais competitiva, entre os três leilões de áreas previstos para o ano.
Sob regime de concessão, a licitação desta quinta-feira ofertou blocos nas bacias de Camamu-Almada, Jacuípe, Pernambuco-Paraíba, Campos e Santos.
Oddone pontuou que o leilão desta quinta-feira é aquele com a maior variedade de alternativas, onde as empresas podem ser mais agressivas nos parâmetros que irão reger suas estratégias.
Os dois outros leilões previstos para o ano são os do pré-sal, sob regime de partilha, e o do excedente da cessão onerosa, em novembro.
BLOCOS “VAZIOS”
Antes do certame, Oddone havia admitido que, das áreas em oferta nesta quinta-feira, as localizadas nas bacias de Camamu-Almada e Jacuípe poderiam apresentar riscos maiores.
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A ANP alertou na véspera que a oferta de sete blocos exploratórios de petróleo nessas áreas, próximas ao Arquipélago dos Abrolhos, estaria sob crivo do poder judiciário.
Mas os blocos leiloados nessas bacias acabaram não tendo interessados.
Oddone havia ponderado antes, no entanto, que há atualmente áreas produzindo mais próximas de Abrolhos do que os blocos ofertados na licitação.
O diretor-geral da ANP ainda disse, após o evento, não acreditar que a mancha de petróleo que se espalha há mais de um mês por praias do Nordeste possa ter tido alguma influência no resultado do certame. Segundo ele, foi um caso isolado.
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