Resumo:
• Abiy Ahmed Ali, 43 anos, foi o favorito para receber o prestigiado prêmio este ano ao lado da ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 16;
• Ahmed foi premiado por seus esforços para “alcançar a paz e a cooperação internacional”, afirmou o Comitê. Segundo a entidade, “o prêmio também deve reconhecer todas as partes interessadas que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África”;
• O prêmio, de US$ 900 mil, será concedido em dezembro;
• Cerca de 301 candidatos foram indicados este ano, incluindo 78 organizações. Mas, de acordo com a regra de sigilo dos 50 anos, não saberemos quem são esses indicados pelas próximas cinco décadas.
Abiy Ahmed fez parte da lista da revista “Time” das 100 pessoas mais influentes do mundo este ano. “Em toda a história da Etiópia, nunca vimos um líder como ele”, escreveu a compatriota Feyisa Lilesa, corredora de longa distância. A decisão do comitê do Nobel , revelada na manhã de hoje (11), é um endosso disso: Ahmed assumiu o cargo em abril de 2018 e, apenas alguns meses depois, assinou um acordo de paz com a Eritreia, encerrando o impasse militar que se seguiu a uma guerra de fronteira ocorrida entre 1998 e 2000.
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O ex-oficial da inteligência tem recebido o crédito por promover reformas econômicas e políticas na Etiópia e trabalhar para mediar disputas entre o Quênia e a Somália, além de intermediar conversações entre facções no Sudão. Mas ele enfrenta rivalidades étnicas despertadas em casa, onde milhões de pessoas foram deslocadas pela recente violência.
Ahmed faz parte, agora, de um grupo privilegiado de premiados que inclui o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, a ativista pela educação Malala Yousafzai, o Dalai Lama, Nelson Mandela e Ellen Johnson Sirleaf, a primeira mulher na África a ser eleita chefe de Estado.
A escolha é feita por um comitê de cinco membros do parlamento norueguês, apropriadamente conhecido como comitê norueguês do Nobel. O comitê classifica o escolhido entre as indicações feitas por acadêmicos, vencedores anteriores e altos ministros do governo, entre outras pessoas habilitadas a fazer nomeações. O prazo para as indicações é, geralmente, no início do ano, por volta de janeiro ou fevereiro, enquanto uma lista restrita é feita nos meses seguintes, antes que o comitê tome a decisão final. Os candidatos nunca são revelados, mas são objeto de intensa especulação.
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