Senadores dos Estados Unidos pediram ontem (8) a abertura de investigação sobre aquisições feitas pela JBS no país, devido ao envolvimento da companhia brasileira com casos de corrupção no Brasil e na Venezuela.
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Em carta, os senadores Marco Rubio e Robert Menendez pedem que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês) revise a compra de companhias do país pela JBS, incluindo Swift, Smithfied Foods, Pilgrim’s Pride e o braço de suínos da Cargill no país, entre 2007 e 2015.
“Essas aquisições têm sérias implicações para a segurança, proteção e resiliência do nosso sistema de alimentação”, afirmam os senadores da carta.
Os parlamentares alegam que durante os anos dessas compras nos EUA, a JBS se viu envolvida em uma ampla rede de atividades ilícitas, citando o caso em que a controladora J&F, em 2017, fez acordo para pagar US$ 3,2 bilhões por envolvimento em um escândalo de corrupção no Brasil.
“Tememos que a JBS tenha usado o financiamento ilegal que recebeu do BNDES, que somou mais de US$ 1,3 bilhão, para comprar empresas norte-americanas”, acrescenta a carta.
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Os senadores alertam ainda que a JBS se envolveu com parceiros suspeitos, incluindo com a entidade venezuelana Corpovex, e que os irmãos Wesley e Joesley Batista, da família controladora da J&F, tiveram ligação pessoal com Diosdado Cabello, oficial do governo de Nicolás Maduro.
Por fim, os senadores ainda se referem à crescente busca da JBS por recursos de entidades ligadas ao governo chinês para defender maior escrutínio da CFIUS sobre a empresa.
Em nota, a JBS afirmou que “cooperou totalmente com as autoridades norte-americanas, sempre de maneira transparente em relação aos eventos passados no Brasil”.
A empresa alegou que elevou a gestão de todas as empresas adquiridas nos EUA, “entregando resultados sólidos que proporcionaram o crescimento econômico de importantes comunidades agrícolas e que continuam criando oportunidades para muitos agricultores familiares e pecuaristas locais”.
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