A elétrica norueguesa Statkraft pretende investir cerca de R$ 2 bilhões para implementar dois complexos eólicos na Bahia que deverão somar quase 500 megawatts em capacidade, disse à Reuters o presidente da companhia no Brasil, Fernando de Lapuerta.
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A projeção vem após vitória da empresa em leilão realizado na sexta-feira (18) pelo governo brasileiro, no qual a companhia vendeu a distribuidoras cerca de 87,4 megawatts médios em energia dos projetos Ventos de Santa Eugênia e Serra de Mangabeira, o equivalente a 375,6 megawatts em capacidade.
O restante da capacidade dos projetos será negociado com clientes no chamado mercado livre de eletricidade, no qual grandes consumidores compram energia diretamente de geradores.
“Estamos falando em concreto de quase 500 megawatts, que vão significar investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões no Estado da Bahia. Nossa expectativa seria começar a entregar energia já em 2022”, disse Lapuerta.
O negócio, no entanto, não encerra o apetite da Statkraft por expansão no Brasil – a companhia disse no início de setembro que pretendia até quadruplicar sua capacidade no Brasil em cinco anos, a partir de um portfólio de 450 megawatts à época.
“A gente ainda continua (de olho em oportunidades)”, disse Lapuerta.
Segundo ele, a companhia tem avaliado oportunidades de aquisição de ativos eólicos ou solares, ao mesmo tempo em que busca preparar projetos para expansão orgânica, por meio de leilões do governo e vendas no mercado livre.
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Nesse sentido, o executivo acrescentou que a Statkraft deve ter projetos solares e de pequenas hidrelétricas prontos a serem habilitados para leilões de energia no Brasil em 2020.
Lapuerta ainda disse que a companhia teve uma “surpresa positiva” com os resultados do leilão A-6, ao conseguir negociar a energia de seus projetos por preços entre R$ 96,97 e R$ 99,88.
No leilão A-4, de junho, as usinas eólicas chegaram a negociar energia a até R$ 79,92 por MWh.
“Achamos que o preço final foi bem interessante, do nosso ponto de vista foi um preço bem competitivo frente aos últimos leilões”, disse o executivo.
Ele também comentou que a empresa está em negociações com bancos para alternativas de financiamento e com possíveis fornecedores para os projetos eólicos, mas não quis detalhar as conversas.
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