O Vaticano rejeitou ontem (22) alegações em um novo livro de que a Santa Sé corre o risco de calote nos próximos anos por causa de queda de doações, má administração financeira e corrupção.
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O livro de 350 páginas, “Last Judgement”, é do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi e é o mais recente sobre as finanças do Vaticano.
Nuzzi escreve que anos de déficits podem deixar pouca escolha para o Vaticano, a não ser declarar default até 2023.
“Não há ameaça de default aqui. Há apenas a necessidade de uma revisão de gastos. E é isso que estamos fazendo”, disse o arcebispo Nunzio Galantino, chefe da Administração do Patrimônio da Santa Sé, um escritório geral de contabilidade que administra as propriedades imobiliárias em Roma e em outros lugares na Itália, paga salários dos funcionários do Vaticano e atua como um escritório de compras e departamento de recursos humanos.
O arcebispo disse ao jornal católico italiano “Avvenire” que, embora “não haja necessidade de alarmismo”, o Vaticano tem que conter custos.
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O menor Estado do mundo não recebe impostos. Suas fontes de renda são investimentos, imóveis, arrecadações de fiéis feitas em todo o mundo, contribuições de dioceses e receitas de seus populares museus.
Nuzzi disse que as contribuições dos fiéis caíram acentuadamente nos últimos anos, principalmente em países como os Estados Unidos, atingidas por escândalos de abuso sexual.
Em uma entrevista coletiva na qual apresentou o livro, Nuzzi afirmou ser um grande admirador do Papa Francisco e queria destacar a suposta má gestão que o impede de aprovar uma reforma duradoura.
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