A fabricante de bebidas Ambev anunciou hoje (8) um acordo com um grupo de private equity para construção de uma usina eólica que abastecerá todas as suas fábricas na região Nordeste, bem como as cinco cervejarias da marca Budweiser no Brasil.
Sob os termos do acordo, a Ambev desembolsará cerca de R$ 600 milhões em um período de 15 anos para Casaforte Investimentos, que por sua vez construirá uma usina eólica de 1.600 hectares e potência superior a 80 megawatts na Bahia.
“Com esse acordo de compra de energia, 20 mil toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser emitidas por ano, o equivalente à retirada de 35 mil carros das ruas por ano”, disse o vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo, em entrevista à Reuters nesta sexta-feira.
Todas as licenças de construção já foram concedidas e as obras devem começar no início do próximo ano, com a usina eólica provavelmente iniciando as operações no começo de 2022, acrescentou o executivo.
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Segundo ele, o complexo eólico deve gerar energia limpa suficiente para abastecer 30% de todas as fábricas de bebidas da Ambev no Brasil, incluindo as cinco cervejarias da Budweiser espalhadas pelo país – Itapissuma (PE), Jacareí (SP), Uberlândia (MG), Barra de Piraí (RJ) e Ponta Grossa (PR).
O movimento faz parte de um esforço global da matriz Anheuser Busch InBev para ter 100% da eletricidade utilizada em todas as operações no mundo proveniente de fontes limpas até 2025 e sucede outras iniciativas do grupo na área.
Somente no Brasil, a Ambev investiu aproximadamente R$ 17,5 bilhões nos últimos cinco anos, incluindo em projetos para adoção de práticas de negócios mais sustentáveis, segundo a empresa.
Em junho, a companhia firmou acordo avaliado em R$ 140 milhões com quatro parceiros para construção de 31 usinas solares que abastecerão todos os seus 94 centros de distribuição no Brasil.
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Em 2018, a maior cervejaria da América Latina anunciou planos para adoção de 1.600 caminhões elétricos da Volkswagen por todos os 20 operadores logísticos que trabalham com a empresa até 2023.
Figueiredo disse que todas as usinas solares serão entregues na primeira metade de 2020. Além das modalidades solar e eólica, adicionou, a Ambev também estuda outras fontes de energia renovável como, por exemplo, transformar lixo em biomassa.
“Desta vez optamos por uma usina eólica por ser mais viável para alta tensão, mas estamos conduzindo estudos para outras regiões e a tecnologia dependerá das condições de vento, irradiação solar etc”, explicou o executivo.
O mais recente anúncio de investimento da Ambev surge meses após a subsidiária brasileira da rival Heineken ter investido R$ 40 milhões em uma usina eólica no Estado do Ceará.
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