O Banco do Brasil divulgou hoje (7) um aumento de 33,5% no lucro do terceiro trimestre, ajudado pela alta nos empréstimos ao consumidor e nas tarifas. O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, subiu para R$ 4,543 bilhões, de R$ 3,402 bilhões no terceiro trimestre de 2018 e superou os R$ 4,335 bilhões esperados pelos analistas, segundo estimativas da Refinitiv.
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À medida que seu lucro ganhou impulso, o banco decidiu estabelecer uma meta mais alta para o lucro líquido recorrente de 2019. O BB estima que crescerá entre 16,5% e 18,5% este ano, acima da meta anterior de 14,5% a 17,5%.
Com um crescimento magro da carteira de crédito neste ano, a gestão do BB decidiu apertar os cintos para melhorar a eficiência e manter a lucratividade. O banco também se voltou para linhas de crédito com margens mais altas, como empréstimos ao consumidor.
Até agora, o banco parece estar no caminho certo. Seu retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 18%, alta de 0,4% em relação ao trimestre anterior.
A carteira de crédito do banco permaneceu estável no trimestre, apesar do crescimento dos empréstimos ao consumidor, uma vez que o estoque para empresas caiu pelo quarto trimestre consecutivo, refletindo a baixa demanda das companhias e também o esforço do BB em migrar para crédito para pessoa física, que possui margens mais altas.
Essa estratégia fez a margem financeira do terceiro trimestre aumentar 4,9% em relação ao ano anterior.
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O índice de inadimplência ficou estável em 3,47%, um pouco acima do trimestre anterior.
O lucro também foi ajudado pela receita de prestação de serviços, que subiu 8,7% em relação ao ano anterior. Foi impulsionada principalmente pela gestão de fundos, planos de aposentadoria, seguros e banco de investimentos.
Sob o comando do presidente-executivo Rubem Novaes, o banco tem vendido alguns ativos não essenciais, como participações na empresa de energia Neoenergia e resseguradora IRB Brasil Resseguros, e está buscando parceiros para impulsionar algumas unidades.
Na transação mais recente, o Banco do Brasil e o UBS Group AG da Suíça chegaram a um acordo ontem (6) para formar uma joint venture de banco de investimento na América do Sul, disseram os dois bancos. O UBS deterá uma participação de 50,01% no novo banco de investimentos e o Banco do Brasil ficará com 49,99%.
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