O criador da música infantil “Baby Shark”, que se tornou um fenômeno global, diz que a empresa está de olho no mercado chinês, onde o hit não decolou, com uma nova marca que traz dinossauros como personagens.
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A popular música sobre uma família de tubarões tem sido um grito de guerra nos protestos contra o governo libanês, tocada na Casa Branca, elogiada pelo presidente norte-americano Donald Trump e acaba de se transformar no hino não oficial dos campeões da World Series de beisebol Washington Nationals. O hit também tem estimulado paródias e dancinhas.
O cofundador e diretor financeiro da editora sul-coreana por trás da música e do vídeo virais – o quinto mais visto no YouTube -, disse que está mirando a China a seguir para garantir que a iniciativa não acabe se tornando vítima de um único sucesso.
“Quem poderia imaginar que os tubarões se tornariam tão populares”, pergunta Ryan Lee, da SmartStudy, à Reuters durante uma entrevista. “Existem crianças que gostam de dinossauros no mundo todo, mas não há uma marca associado a eles.”
“Baby Shark”, que teve 3,9 bilhões de visualizações no YouTube, está sob os direitos autorais da SmartStudy, empresa sul-coreana que está planejando um IPO. Segundo Lee, também está sendo programada uma série de TV com o tema para a Nickelodeon.
Na quarta maior economia da Ásia, embora pouco madura, a chamada “indústria infantil” tem sido motivo de otimismo: a receita, US$ 34,3 bilhões por ano, quintuplicou entre 2002 e 2017, de acordo com o eBEST Investment & Securities, mesmo com uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo.
A SmartStudy reconhece a limitação do mercado doméstico e está de olho na China, onde a ausência do YouTube e a falta de sonoridade do idioma para a palavra “tubarão” derrubaram o apelo de “Baby Shark”.
Lee diz que, com os dinossauros, a história tende a ser diferente, já que uma pesquisa revelou grande interesse dos cidadãos chineses pelos répteis. “A China não é um mercado fácil, mas não há mercado mais atraente… Mais de 1 bilhão de pessoas falam um único idioma e é um país que se desenvolveu a partir de uma fábrica.”
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A SmartStudy está planejando uma oferta inicial de ações na esperança de capitalizar suas vendas em 2019, projetadas em mais de US$ 50 milhões, oito vezes o valor de cinco anos atrás.
Lee diz que o momento e a localização da listagem ainda não foram decididos, embora a empresa tenha escolhido a Mirae Asset Daewoo, da Coreia do Sul, como sua subscritora no início deste ano.
Apoiadas na popularidade da “Baby Shark”, as ações da Samsung Publishing, a segunda maior acionista da SmartStudy, aumentaram 60% este ano – para efeito de comparação, o mercado, no geral, registrou aumento de 4% no período.