O dólar fechou em nova máxima histórica hoje (25), puxado pelo dia de fortalecimento global da moeda e por renovadas preocupações com as perspectivas de ingresso de recursos ao país.
O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão regular em alta de 0,53%, a R$ 4,2150 na venda. Com isso, a cotação superou o recorde anterior para um fechamento, de R$ 4,2061, cravado há exatamente uma semana. Na B3, em que os negócios com derivativos cambiais vão até as 18h15, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha alta de 0,61%, a R$ 4,2245, por volta de 17h35.
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A moeda começou o dia em torno da estabilidade, mas tomou fôlego rapidamente após o Banco Central divulgar dados mostrando déficit em conta corrente e investimento estrangeiro direto piores do que o esperado para outubro.
Poucas horas depois, o governo informou dados parciais da balança comercial de novembro, que caminha para fechar o mês no vermelho, o que não acontece desde novembro de 2014.
“As contas externas continuam saudáveis, a questão é que os números piores pegam o mercado num momento sensível e de ampla preocupação com o cenário para fluxos”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do Haitong Brazil.
A menor oferta de moeda no país em meio a contínuas saídas de capital se tornou uma preocupação ainda mais latente depois da frustração do mercado com o leilão do excedente da cessão onerosa, no último dia 6, no qual praticamente apenas a Petrobras fez lances.
No dia 5 de novembro, o dólar havia encerrado em R$ 3,9932 na venda. Desde então, a cotação dispara 5,55%, em termos nominais.
Mesmo com o dólar em torno de recordes históricos, o Banco Central tem mantido a estratégia de intervenção no câmbio já em curso. A autoridade monetária vendeu todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020. Mais cedo, o BC não havia aceitado propostas em leilão de dólar à vista e de swap cambial reverso.
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Também nesta segunda, a autarquia fez a rolagem integral de US$ 1,5 bilhão em linha de moeda com compromisso de recompra, volume que até então precisaria voltar ao BC no começo de dezembro.
Ao longo da tarde, o dólar se manteve forte amparado pelo exterior, onde a moeda se valorizava contra uma cesta de divisas e também ante vários rivais emergentes.
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