O dólar subia contra o real hoje (7), chegando a ultrapassar a marca dos R$ 4,10 na sessão, com a frustração dos investidores em relação à participação de empresas estrangeiras nos leilões do pré-sal compensando o otimismo comercial no exterior.
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Às 12:24, a moeda norte-americana avançava 0,36%, a R$ 4,0963 na venda, depois de ter chegado a subir mais de 0,9% no início do pregão. Mais cedo na sessão, o dólar chegou a operar acima do nível de R$ 4,10, registrando R$ 4,1037 na venda.
O dólar à vista fechou em firme alta de 2,22% na véspera, a R$ 4,0818 na venda, maior variação percentual diária desde 27 de março, após um resultado decepcionante do leilão de excedentes da cessão onerosa. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,36%, a R$ 4,0985.
A sessão desta quinta-feira era marcada pela ampla decepção dos investidores em relação aos leilões do pré-sal, após um segundo dia de ofertas dominadas pela Petrobras, confirmando os temores sobre a falta de interesse de empresas estrangeiras no petróleo brasileiro.
Nesta quinta, somando-se ao pessimismo do resultado do dia anterior, um consórcio da Petrobras com a chinesa CNODC arrematou o bloco Aram, na Bacia de Santos, durante a 6ª Rodada de licitação de áreas do pré-sal sob regime de partilha. Não houve propostas para os outros blocos ofertados.
O governo brasileiro negociou na quarta-feira (6) duas áreas do excedente da cessão onerosa por cerca de R$ 70 bilhões. A licitação, que poderia gerar cerca de R$ 106,6 bilhões em bônus se as quatro áreas do pré-sal tivessem sido vendidas, ficou concentrada em lances da Petrobras e de duas empresas chinesas.
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“Havia uma expectativa que não se confirmou”, disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. Segundo ele, a falta de lances de empresas estrangeiras nos leilões de petróleo “frustra a expectativa de maior entrada de dólares” no mercado.
“Agora, a cotação busca um patamar de equilíbrio sem essa expectativa de fluxos”, completou.
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