O HSBC pretende transferir US$ 20 bilhões em ativos para uma nova plataforma de custódia baseada em blockchain até março, em uma das maiores implantações já feitas com a tecnologia por parte de um banco global.
A plataforma, chamada Digital Vault, dará aos investidores acesso em tempo real a registros de valores mobiliários comprados em mercados privados, disse o HSBC à Reuters, e tenta capitalizar o interesse crescente de investidores famintos por rendimentos.
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Bancos e outras empresas da área financeira investiram bilhões de dólares na busca de usos para o blockchain, um livro digital que pode ser atualizado instantaneamente e de forma transparente. Poucos, no entanto, criaram aplicativos práticos ou amplamente utilizados.
Os defensores dizem que o blockchain vai modificar o setor financeiro cortando processos caros ou a necessidade de intermediários, embora ainda existam poucos exemplos sólidos desse uso revolucionário.
A plataforma do HSBC digitalizará registros em papel de captações privadas, usando o blockchain para reduzir o tempo que os investidores levam para fazer verificações ou consultas sobre ativos.
Os registros das chamadas captações privadas geralmente são mantidos no papel e precisam de padronização, tornando o acesso complicado e demorado. Atualmente, o HSBC cuida de até 50 bilhões de dólares em ativos, informou o banco.
Ainda não está claro como o projeto pode ser transformador. O HSBC não conseguiu especificar a quantia que poderá ser economizada para o banco ou seus clientes pela plataforma.
A demanda por captações privadas de dívida e patrimônio cresceu significativamente nos últimos anos, à medida que os investidores buscam retornos mais altos em meio às baixas taxas de juros em todo o mundo e as empresas de tecnologia, em particular, evitam o questionamento dos mercados públicos.
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O HSBC espera que o valor global das captações privadas atinja US$ 7,7 trilhões até 2022, um salto de 60% em relação aos cinco anos anteriores.
Ciaran Roddy, que lidera a inovação de custódia no setor de serviços de valores mobiliários do HSBC, disse que o interesse em captações privadas de seguradoras norte-americanas e britânicas, bem como de fundos soberanos asiáticos e do Oriente Médio, está aumentando.
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