A Intel vendeu sua unidade de chips de smartphones para a Apple com “um prejuízo de bilhões de dólares”, disse a empresa numa ação judicial hoje (29), alegando que a rival Qualcomm a forçou a sair do mercado.
A Intel fez as alegações em um processo no 9º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA, onde a Qualcomm tenta anular uma decisão antitruste abrangente após perder um processo da Federal Trade Commission dos EUA. A Intel, cujos executivos depuseram no julgamento, defende que a decisão seja mantida. O processo de apelação deve começar em janeiro.
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Numa decisão tomada em maio, a juíza distrital dos EUA Lucy Koh, em San Jose, escreveu que as práticas de licenciamento de patentes da Qualcomm “estrangularam a concorrência” em partes do mercado de chips que conectam smartphones a redes de dados móveis. Ela ordenou que a empresa renegociasse os contratos de licenciamento a preços razoáveis.
A Qualcomm recorreu da decisão e ganhou uma pausa na execução da ordem durante a tramitação do recurso.
Em seu processo judicial e em um post em seu blog nesta sexta-feira, a Intel disse que foi forçada a sair do mercado por causa das práticas de licenciamento de patentes da Qualcomm e apoiou o caso da FTC contra a rival.
“Investimos bilhões, contratamos milhares, adquirimos duas empresas e construímos produtos inovadores de classe mundial que chegaram aos iPhones da Apple, incluindo o iPhone 11”, escreveu Steven R. Rodgers, consultor jurídico da Intel, na publicação.
“Mas quando tudo foi dito e feito, a Intel não conseguiu superar as barreiras artificiais e intransponíveis da concorrência criada pelo esquema da Qualcomm e foi forçada a sair do mercado este ano”.
A Qualcomm negou as acusações da FTC e outras partes do governo dos EUA instaram o tribunal de apelações a interromper a execução da decisão. Em julho, o Pentágono e o Departamento de Energia disseram que a Qualcomm era uma fornecedora confiável de tecnologia 5G e seria impossível de substituir no curto prazo caso saísse do mercado.
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