A aceleração do crédito em linhas mais rentáveis elevou a lucratividade do terceiro trimestre do Itaú Unibanco, que também anunciou a adesão de 3,5 mil empregados a um programa de desligamento voluntário (PDV).
LEIA MAIS: Itaú Unibanco mira controle de custos para enfrentar concorrência das fintechs
O maior banco privado da América Latina anunciou ontem (4) que seu lucro recorrente no período somou R$ 7,156 bilhões, alta de 10,9% ante igual etapa de 2018 e em linha com a previsão média de analistas ouvidos pela Refinitiv.
Em termos líquidos, o lucro contábil foi de R$ 5,576 bilhões, queda de 10,7% no comparativo anual, refletindo em parte a despesa de R$ 1,43 bilhão ligada ao PDV. O valor total do programa é de R$ 2,4 bilhões, informou o banco, explicando que se trata de uma despesa não recorrente.
“Destacamos o aumento do ritmo de crescimento das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas e também a retomada do crescimento da carteira de crédito de grandes empresas após quatro trimestres”, afirmou o banco no relatório de resultados.
VEJA TAMBÉM: Cade abre processo contra Itaú Unibanco e Rede
No fim de setembro, a carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, somava R$ 689 bilhões, aumento de 8,3% em 12 meses. Considerando apenas as operações no Brasil, porém, a expansão foi de 11,7%, com destaque para as lucrativas operações de cartão de crédito, automotivo e para pequenas e médias empresas. Assim, a margem financeira com clientes evoluiu 9,1%, a R$ 17,6 bilhões.
Por serem também as operações de maior risco, o banco reportou um salto de 37,8% no chamado custo de crédito, que mede as provisões para perdas esperadas com inadimplência, menos valores recuperados, somando R$ 4,5 bilhões.
Mas o índice de inadimplência acima de 90 dias manteve-se em 2,9%, estável nas comparações sequencial e anual. Outro indicador da qualidade da carteira de empréstimos, o NPL creation, subiu 6,4% em um ano, a R$ 5,29 bilhões.
Em outra frente, a receita com prestação de serviços, incluindo seguros, somou R$ 10,84 bilhões, alta sequencial de 1% e de 6,8% ano a ano. A expansão nessa linha foi limitada pelo declínio de 20,8% nas receitas com adquirência de cartões, refletindo o posicionamento mais agressivo da sua unidade no setor, a Rede, desde maio.
De todo modo, o Itaú Unibanco fechou o trimestre com rentabilidade recorrente anualizada sobre o patrimônio líquido de 23,5%, aumento de 2,2% ano a ano e estável na medição sequencial.
O banco fechou setembro com 96,8 mil funcionários, quatro mil a menos em 12 meses. No período, a rede de agências diminuiu em 213, para 4,7 mil.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.