As pessoas mais ricas do mundo se tornaram um pouco menos abastadas no ano passado, de acordo com um relatório da UBS e da PwC, uma vez que tumultos geopolíticos e a volatilidade dos mercados de ações reduziram a riqueza dos bilionários pela primeira vez desde 2015.
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O patrimônio dessas pessoas encolheu 4,3% no mundo, ficando em US$ 8,5 trilhões em 2018, mostrou o relatório UBS/PwC, que apontou um declínio particularmente acentuado na Grande China, incluindo Hong Kong, e na região Ásia-Pacífico como um todo.
Bancos privados, incluindo o UBS, o maior gestor de riqueza do mundo, sentiram os efeitos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e as incertezas políticas globais, já que no ano passado clientes se abstiveram de negociar e de assumir dívidas, preferindo guardar mais dinheiro.
A renda líquida dos chineses mais ricos diminuiu 12,8% em dólares como resultado dos mercados de ações em queda e de um enfraquecimento da moeda local, além do fato de o crescimento da segunda maior economia do mundo ter recuado para seu menor nível em quase três décadas em 2018, mostrou o relatório, o que tirou dezenas de bilionários da lista.
Apesar da queda, a China continua a produzir um novo bilionário a cada 2 ou 2,5 dias.
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Globalmente, o número de bilionários diminuiu em toda parte, exceto nas Américas, onde empreendedores do setor tecnológico continuaram a sustentar as fileiras dos norte-americanos mais ricos.
“Este relatório mostra a resistência da economia dos EUA, onde havia 749 bilionários no final de 2018”, disse John Matthews, chefe de gerenciamento de riqueza privada e de negócios de renda líquida ultra elevada do UBS em território norte-americano.
Embora uma recuperação do mercado de ações de uma queda acentuada no final de 2018 tenha ajudado os gestores de riqueza a aumentar seus ativos, as famílias mais ricas do planeta continuam preocupadas com questões globais, das tensões comerciais e do Brexit ao populismo e à mudança climática, e continuam a manter mais do seu dinheiro em espécie.
“É provável que a riqueza dos bilionários volte a subir neste ano”, opinou Simon Smiles, principal gerente de investimento de clientes ultrarricos do UBS, acrescentando que o aumento deve ser mais contido do que a recuperação mais ampla do mercado de ações pode sugerir.
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