Os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, estão saindo da gigante da internet que fundaram há 21 anos, encerrando uma trajetória extraordinária que os levou a construir uma das empresas mais valiosas e influentes do mundo.
Sundar Pichai, que dirige o principal negócio do Google desde 2015, assumirá imediatamente como presidente-executivo da controladora Alphabet.
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“Embora tenha sido um tremendo privilégio estar profundamente envolvido na administração diária da empresa por tanto tempo, acreditamos que é hora de assumir o papel de pais orgulhosos – oferecendo conselhos e amor, mas não incomodando diariamente!”, escreveram Page e Brin em um post no blog da empresa ontem (3).
Page, Brin e Pichai pretendem dar ênfase no desenvolvimento de software de inteligência artificial para tornar a ferramenta de pesquisa mais rápida e personalizada, enquanto expandem o leque de informações e serviços disponíveis a partir de uma simples busca.
Mas a visão deles enfrenta um escrutínio sem precedentes, com governos de cinco continentes exigindo uma proteção maior ao usuário, o fim do que muitos consideram uma conduta anticompetitiva e mais impostos sobre a maior empresa de publicidade online do mundo. Milhares de funcionários protestaram, e alguns até se demitiram, por causa da preocupação constante de que o famoso mantra “não seja mau” do Google – uma vez adotado por Page e Brin – possa estar sendo ignorado.
Page e Brin, que costumavam visitar regularmente eventos públicos e a sede do Google, haviam se tornado muito menos visíveis nos últimos anos. A ida de Page para um segundo plano atraiu críticas crescentes de funcionários da empresa e parlamentares dos Estados Unidos, que exigiram respostas dele, e não de Pichai, sobre projetos controversos, como um aplicativo de pesquisa experimental para usuários chineses.
Os cofundadores ainda controlam a empresa por meio de ações preferenciais. Em abril, Page detinha 26,1% do poder total de votação da Alphabet, Brin 25,25% e Pichai menos de 1%.
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