Depois de abrir em alta com a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retomar tarifas norte-americanas sobre importações de metais brasileiros, o dólar recuava contra o real hoje (2), com a taxa de câmbio sofrendo correção após leilões do Banco Central.
Às 10:38, a moeda norte-americana recuava 0,25%, a R$ 4,2297 na venda. Na sessão anterior, o dólar fechou em alta de 0,58%, a R$ 4,2405 na venda. Nesta sessão, o dólar futuro operava em queda de 0,12%, a R$ 4,2375.
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Nesta segunda-feira, Trump anunciou que retomará imediatamente tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou pela manhã que pode conversar com Trump a respeito da decisão anunciada pelo líder norte-americano.
“O dólar começou a sessão estressado em função do tuíte de Donald Trump. Isso foi bem ruim, e mercado abriu pressionado”, disse Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
No entanto, o real se recuperava das perdas iniciais depois da realização dos leilões do Banco Central, que vendeu neste pregão 9.600 contratos de swap cambial reverso e US$ 480 milhões em moeda spot, de oferta de até 10 mil contratos e US$ 500 milhões, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia leiloará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento fevereiro de 2020.
“Depois entraram os leilões, e o dólar passou a recuar. O BC anunciou que não vai só rolar contratos futuros, mas também vai rolar no mercado à vista, o que fornecia certo apoio”, explicou Gomes da Silva. “O mercado já está fazendo uma correção.”
No mês de novembro, a moeda norte-americana registrou salto acumulado de 5,77%, maior alta mensal desde agosto passado, e alcançou patamares históricos acima dos R$ 4,20. A disparada recente do dólar elevou a atenção dos investidores em relação a sinais de atuação do Banco Central.
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Ainda no radar dos investidores estavam os dados de uma pesquisa privada divulgada nesta segunda-feira, que mostraram que a atividade industrial da China se expandiu inesperadamente em novembro ao ritmo mais rápido em quase três anos, num possível sinal de recuperação da economia global.
No exterior, a divisa dos Estados Unidos ganhava contra moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o rand sul-africano.
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