O dólar teve hoje (20) a maior alta em seis semanas, fechando na casa de R$ 4,09, com operadores replicando os ganhos da moeda no exterior em dia de dados positivos nos Estados Unidos.
A divisa negociada no mercado à vista ganhou 0,79%, a R$ 4,0949 na venda. É o maior patamar desde o último dia 13 (R$ 4,1086 na venda) e a mais forte alta percentual diária desde 8 de novembro (+1,83%).
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Na semana, o dólar caiu 0,3%, a terceira semana consecutiva de baixa, o que não era visto desde junho. Na B3, o dólar futuro se apreciava 0,68%, a R$ 4,0985, enquanto no exterior o índice do dólar contra uma cesta de moedas subia 0,32%, para máximas em cerca de duas semanas.
Numa postura mais defensiva, o mercado acelerou as compras de dólares na parte da tarde, quando a liquidez tradicionalmente se reduz, movimento ainda mais claro nesta sessão por ser a sexta-feira que antecede o Natal.
Tampouco ajudou informação de que a avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro e a desaprovação à sua maneira de governar aumentaram, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.
A força do dólar nesta sessão foi respaldada por dados firmes nos Estados Unidos, que corroboraram cenário de que a maior economia do mundo segue mais atrativa para investimentos em relação a outras – o que por tabela reduz o apelo para fluxo de capital à classe de emergentes, mais arriscada.
De toda forma, a expectativa é que o dólar mantenha algum viés de baixa no Brasil, depois de em novembro ter se aproximado de R$ 4,30.
O Bulltick Capital Markets, banco de investimento especializado em América Latina, calcula que o valor “justo” para o dólar está atualmente em R$ 3,80. A favor da moeda doméstica, estrategistas do banco citam uma “potente” combinação de inflação baixa e juro na mínima histórica, com uma “economia em crescimento”.
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