A bolsa paulista fechou com o Ibovespa praticamente estável hoje (3), conforme receios relacionados ao comércio global contrabalançaram números melhores do que o esperado da economia brasileira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve variação positiva de 0,03%, a 108.956,02 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 17,4 bilhões.
LEIA MAIS: Ibovespa fecha em alta e beira 109 mil pontos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a adicionar volatilidade nos mercados ao afirmar nesta terça-feira que um acordo comercial com a China pode ficar para depois da eleição presidencial norte-americana, em novembro de 2020.
“Eu não tenho prazo”, disse Trump a repórteres em Londres, onde participava de reunião com líderes da Otan, enfraquecendo esperanças de uma rápida solução para a disputa que pesa sobre a economia mundial.
Um dia depois de ameaçar restabelecer tarifas para aço e alumínio da Argentina e Brasil, Trump também afirmou que as coisas podem ficar bastante difíceis com a União Europeia (UE) a menos que o bloco melhore as relações comerciais.
Em Wall Street, os comentários respaldaram ajustes nos principais índices. O S&P 500, que renovou máximas históricas na semana passada, caiu 0,66%.
As bolsas na Europa também terminaram o dia com perdas.
Mas o cenário externo foi amortecido pelo crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que cresceu 0,6% no terceiro trimestre, na base sequencial, acima da previsão média de analistas ouvidos pela Reuters, de 0,4%.
VEJA TAMBÉM: Ibovespa fecha quase estável sob pressão de Petrobras
“Mais uma vez superando a estimativa de consenso, a aceleração do crescimento do PIB no Brasil reforçou a visão de que a atividade econômica deve realmente ver melhores dias pela frente”, escreveu a equipe do Bradesco BBI.
Na visão do economista Dalton Gardiman e equipe, a melhoria significativa do consumo das famílias e o crescimento contínuo do investimento sugerem que a confiança do setor privado cresceu e deve poder para continuar liderando o crescimento do PIB.
Eles ponderaram, contudo, que os gastos e as exportações do governo provavelmente não ajudarão promover resultados da atividade econômica nos próximos trimestres, devido aos desafios fiscais do Brasil e ao arrefecimento global atividade econômica.
A equipe do Bradesco BBI revisou estimativa de crescimento do PIB em 2019 para 1,1% (de 0,9%) após os dados, mas manteve projeção de expansão de 2,3% para 2020.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.