Os Estados Unidos determinaram seus termos para um acordo comercial com a China, oferecendo suspender algumas tarifas sobre produtos chineses e reduzir outras em troca de Pequim comprar mais produtos agrícolas norte-americanos, disseram fontes dos EUA ontem (12).
O silêncio de Pequim, entretanto, levou a questões sobre se os dois lados podem chegar a uma trégua em sua guerra comercial antes de uma nova rodada de tarifas entrar em vigor no domingo (15).
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Uma fonte informada sobre a situação das negociações bilaterais disse que os EUA vão suspender tarifas sobre US$ 160 bilhões em produtos chineses que entrariam em vigor no domingo (15), além de reverter tarifas existentes.
Em troca, Pequim concordaria em comprar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos EUA em 2020, o dobro do que comprou em 2017, antes de o conflito começar, disseram duas fontes dos EUA informadas sobre as discussões.
Mas nem os EUA nem a China fizeram comunicados oficiais sobre um acordo, levantando dúvidas sobre se os termos foram definidos por ambos os lados. Ambos precisariam fazer anúncios formais para adiar ou cancelar as tarifas que estão prestes a ser aplicadas.
Washington ofereceu reduzir as tarifas existentes em até 50% e suspender as novas tarifas previstas para domingo para garantir a fase um de um acordo, disseram mais cedo na quinta-feira duas pessoas familiarizadas com as negociações.
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Uma dessas pessoas disse à Reuters que o presidente dos EUA, Donald Trump, e seus principais assessores concordaram com os termos de uma proposta, possivelmente uma oferta final, e agora aguardam pelo movimento de Pequim.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, questionada sobre a situação das negociações comerciais durante entrevista diária hoje (13), não comentou se um acordo foi alcançado ou termos específicos de qualquer negociação com os EUA.
“A China está comprometida com diálogo construtivo para resolver e gerenciar nossas diferenças, e acredito que o acordo tem que ser mutuamente benéfico”, disse ela.
Alguns analistas duvidam que a China possa conseguir um aumento tão dramático nas compras agrícolas. A demanda por soja, por exemplo, importante produto dos EUA usado para alimentação animal, está em queda devido à febre suína africana no país. Isso também torna improvável um grande aumento de compras de milho, disseram eles.
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