A corretora de seguros Wiz está ampliando parcerias e a entrada em novos segmentos de negócios, enquanto espera a conclusão de uma concorrência que pode colocar fim a uma parceria de quase duas décadas com a Caixa Econômica Federal.
Após comprar 40% da Inter Seguros e fechar acordo com a Galapagos Capital, ambos neste ano, a companhia segue atrás de novos acordos e eventuais aquisições em 2020, disse o diretor-presidente da Wiz, Heverton Peixoto, mesmo que isso signifique entrar em negócios com menores margens.
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“É melhor ter 25 parceiros com margens menores do que um só com 55%”, disse Peixoto à Reuters, em referência à margem Ebitda da corretora prevista para o acumulado de 2019. No terceiro trimestre esse índice foi de 57%.
Seus comentários vêm em meio a negociações entre a francesa CNP Assurances e a Caixa Seguridade, braço da Caixa Econômica em seguros, para uma possível renovação de um acordo inicialmente válido até 2021.
CNP e Caixa Seguridade detêm em conjunto 25% da Wiz por meio um joint venture, a Caixa Seguros.
No ano passado, CNP e Caixa Seguridade acertaram estender a parceria para 2041, ao preço de R$ 4,6 bilhões. Mas a sociedade, antes válida para comercialização no balcão da Caixa para todos os tipos de seguros, ficou restrita aos segmentos de vida, prestamista e previdência. O atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, decidiu rever as condições desse acordo de renovação, e abriu a competição para terceiros.
“Achamos que somos o melhor player para fazer uma proposta para a Caixa”, disse Peixoto. “Temos cerca de 2,5 mil funcionários, metade deles dentro da Caixa, portanto conhecemos melhor o jeito deles de operar.”
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Pelo sim, pelo não, a Wiz vem acelerando a diversificação dos negócios. Nas parcerias com a compra da Inter Seguros, a companhia trouxe junto planos para operar em uma miríade de produtos do Banco Inter. E a parceria com a Galapagos Capital selou a entrada no home equity, linha de crédito na qual o tomador oferece seu imóvel como garantia.
A Wiz também está avançando em novas linhas de negócios como gestão de seguros e nos segmentos de grandes riscos e de consórcio, entre outros.
Mesmo com as incertezas ligadas ao principal parceiro, os investidores parecem estar otimistas com a promessa de Peixoto de tornar a Wiz a maior originadora de seguro do país, o que pode passar por novas aquisições. No ano, a ação da Wiz acumula valorização de 120%.
“Muita coisa nova nós podemos fazer de forma orgânica. Mas temos R$ 100 milhões em caixa e nenhuma alavancagem”, diz o executivo. Em uma apresentação recente a investidores, a corretora prometeu acelerar a valorização da companhia com transações de fusões e aquisições.
A Wiz teve Ebitda de R$ 102,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 15,3% ante mesma etapa de 2018.
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