A plataforma de serviços financeiros XP precificou ontem (10) a maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma empresa brasileira este ano, a US$ 27 por ação na Nasdaq, acima da faixa de preço inicial, e levantou US$ 2,25 bilhões, disseram fontes com conhecimento do assunto.
A XP, que tem entre seus acionistas a General Atlantic, o Itaú Unibanco e o fundador Guilherme Benchimol, foi avaliada em US$ 14,9 bilhões, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato para divulgar o preço antes do anúncio.
A empresa e seus acionistas vão levantar US$ 2,25 bilhões, no quarto maior IPO dos Estados Unidos em 2019 e considerado um indicador para outras empresas de tecnologia financeira do Brasil que planejam listagem dos EUA em 2020.
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Com uma demanda equivalente a 14 vezes a oferta, a XP elevou sua faixa de preço inicial, que era de US$ 22 a US$ 25 por ação.
A oferta de ações da XP deve elevar a concorrência no setor bancário no Brasil, com os cinco principais bancos do país detendo 82% do total de ativos. A empresa usará os recursos para investir em marketing, contratação e novos serviços financeiros.
Fundada em 2001 como consultora financeira independente, a XP vem desafiando os maiores bancos tradicionais do Brasil. Com mais de 1,5 milhão de clientes, tem R$ 350 bilhões sob custódia.
Esta é a segunda vez que o XP busca um IPO. Em 2017, estava prestes a listar suas ações quando fechou um acordo com o Itaú Unibanco, que pagou R$ 6,3 bilhões em dinheiro e ações para comprar uma participação de 49,9% na empresa.
A XP obteve a maior avaliação de uma empresa brasileira em um IPO nos EUA. Ela equivale a 60 vezes seus ganhos em 2019, um múltiplo muito maior do que os corretores digitais pares nos EUA.
O IPO da XP ocorreu durante um ambiente difícil para novas listagens nos Estados Unidos, com uma série de empresas grandes como Uber, Lyft e da fabricante de bicicletas ergométricas Peloton sofrendo com a estreia na bolsa.
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