A Boeing e a agência norte-americana de aviação FAA confirmaram no domingo (6) que estão analisando um problema de fiação que pode causar um curto-circuito no 737 MAX.
O porta-voz da Boeing, Gordon Johndroe, disse no domingo que a fabricante de aviões dos EUA “identificou esse problema como parte desse processo rigoroso, e nós estamos trabalhando com a FAA para realizar a análise apropriada. Seria prematuro especular se essa análise levará a alterações no projeto”.
LEIA MAIS: Boeing demite CEO após crise por jato 737 MAX
O “New York Times” informou que a Boeing está analisando se dois feixes de cabos estão muito próximos, o que pode levar a um curto-circuito e resultar em um acidente se os pilotos não responderem adequadamente.
A FAA disse em comunicado no domingo que a agência e a empresa “estão analisando certas descobertas de uma revisão recente das modificações propostas no Boeing 737 MAX”. A agência acrescentou que “garantirá que todas as questões relacionadas à segurança identificadas durante esse processo sejam abordadas”.
A Boeing está atualmente trabalhando para projetar a separação dos feixes de fiação, se necessário, e conduzindo uma extensa análise para determinar se a falha elétrica pode ocorrer em um cenário do mundo real, disse um funcionário da empresa.
Autoridades disseram que a FAA havia instruído a Boeing a concluir uma auditoria em dezembro. A questão da fiação pode atrasar o retorno do MAX, acrescentaram as autoridades. A Reuters informou anteriormente que a FAA provavelmente não aprovará o avião até pelo menos fevereiro e talvez até março ou depois.
A FAA sinalizou a questão da fiação como potencialmente “catastrófica”. É possível que outras proteções como blindagem, isolamento e disjuntores possam impedir o curto-circuito, disse um funcionário da empresa.
A Boeing interromperá a produção do 737 MAX neste mês, após a suspensão em março de seu avião mais vendido, depois que dois acidentes fatais em cinco meses mataram 346 pessoas.
VEJA TAMBÉM: Boeing decide parar produção do jato 737 MAX
A crise custou à Boeing US$ 9 bilhões e prejudicou fornecedores e companhias aéreas.
Separadamente, os reguladores dos EUA e da Europa devem retornar a Iowa nesta semana para revisar uma auditoria de documentação de software do 737 MAX que não foi concluída no ano passado, disseram autoridades no domingo. A FAA e a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia devem se reunir em Seattle nesta semana e depois retornam às instalações de Rockwell Collins em Cedar Rapids, Iowa, no próximo fim de semana para revisar a auditoria.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.