O dólar tinha pouca movimentação contra o real hoje (29), em meio à redução da cautela em relação ao surto de vírus na China, com os investidores também aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve.
O coronavírus da China, semelhante à gripe, já deixou mais de 130 mortos e se espalhou para outros 15 países, incluindo Estados Unidos, Japão e França, levantando temores sobre a possibilidade de uma pandemia global.
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No entanto, depois de uma liquidação generalizada nos mercados globais no início da semana, o sentimento em relação à doença parecia se acalmar, principalmente em meio à preocupação das autoridades em evitar sua disseminação.
“Em se tratando da situação em si, manchetes mais recentes apontam pouco mais de 130 mortos e perto de 6 mil infectados na China, números que, embora crescentes, não parecem indicar um crescimento além do previsto pelos mais entendidos no assunto”, disse em nota a corretora Commcor.
Às 10:28, o dólar à vista avançava 0,18%, a 4,2020 reais na venda, enquanto o dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,12%, a 4,201 reais.
No exterior, o dólar tinha desempenho misto em relação a moedas emergentes, rondando a estabilidade ante o peso mexicano e subindo contra a lira turca e o rand sul-africano.
O índice que mede a divisa dos EUA contra seis rivais avançava 0,1% nesta quarta-feira antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, em que o banco central norte-americano deve deixar os juros inalterados.
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Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, também chamou a atenção para a aproximação da reunião do Copom, na próxima semana, que pode ter impacto no movimento do câmbio. “Copom deixou aberta a possibilidade de novo corte de juros, o que dá ao dólar a chance de alcançar novo rali”, afirmou.
Sobre a tendência do dólar daqui para frente, Abucater disse que “4,20 reais é um número importante, como um ímã; o dólar está começando a ficar confortável nessa faixa”.
“Podemos ver uma nova alta, dado que não há fluxo.”
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