O dólar tinha alta acentuada contra o real hoje (30), sendo negociado acima de R$ 4,25 pela primeira vez em quase dois meses, em dia marcado pela cautela global em relação ao surto de coronavírus na China e seu possível impacto econômico.
O número de mortes causadas pela epidemia chinesa já chegou a 170, com mais de 7.000 casos confirmados no país, o que levou autoridades a restringirem viagens e empresas a suspender parte de suas atividades.
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Em todo o mundo, investidores temiam as consequências do surto de coronavírus para o crescimento da segunda maior economia do mundo, o que impulsionava o dólar contra boa parte das divisas arriscadas, como peso mexicano, lira turca, dólar australiano e iene chinês. “Hoje se destaca o fator externo; há um clima pessimista lá fora, pesando de forma incerta com preocupações sobre a China”, disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.
No cenário doméstico, os investidores estavam atentos à participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em painel em São Paulo, em que falou sobre as baixas taxas de juros no Brasil e sobre a proposta da reforma administrativa do governo Bolsonaro. Além disso, o Banco Central anunciou que realizará leilão de swap tradicional na segunda-feira para rolagem do vencimento de 1º de abril.
Às 10H12, o dólar avançava 0,76%, a R$ 4,2510 na venda. Na máxima do dia, a divisa norte-americana tocou R$ 4,2520, maior patamar desde 28 de dezembro. Neste pregão, o contrato mais líquido de dólar futuro operava em alta de 0,30%, a 4,2435 reais.
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