Os temores sobre a disseminação de um vírus na China derrubavam o apetite por risco em todo o mundo, levando o dólar a subir contra o real no pregão desta terça-feira acima de 4,20 reais, com os investidores também de olho no Fórum Econômico Mundial de Davos.
O número de mortos pelo surto de coronavírus na China subiu para seis nesta terça-feira, e as autoridades relataram um aumento em novos casos, com receios de que a cifra de infecção aumente ainda mais com as viagens de centenas de milhões de pessoas para o feriado chinês do Ano Novo Lunar.
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Autoridades confirmaram que o novo vírus misterioso pode se espalhar entre humanos e disseram que 15 pessoas de equipes de saúde já foram infectadas, alimentando temores sobre uma pandemia internacional.
“Além da óbvia preocupação com a saúde da população da região, e também global, os mercados adotam cautela, especialmente na China, tendo em vista potenciais impactos na atividade”, disse em nota a Commcor DTVM.
Nos mercados de câmbio internacionais, as moedas seguras, como o iene japonês, beneficiavam-se da aversão a risco gerada pela doença, enquanto divisas emergentes, como a lira turca e o peso mexicano, se depreciavam.
Os investidores também estavam atentos ao Fórum Econômico Mundial de Davos, marcado por falas preocupantes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que a maioria das tarifas será mantida na segunda fase de negociações comerciais com a China.
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A fala de Trump vem na esteira da assinatura da Fase 1 do acordo comercial que marcou um passo importante para a resolução da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, que abalou os mercados internacionais por 18 meses.
Às 10:20, o dólar avançava 0,11%, a 4,1940 reais na venda. O contrato mais líquido de dólar futuro ganhava 0,04% na B3, a 4,196 reais.
Na máxima do dia, o dólar interbancário tocou os 4,2094 reais, patamar mais alto desde 5 de dezembro do ano passado.
Segundo Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, existe a possibilidade de a divisa norte-americana voltar a ser negociada em níveis acima de 4,20, como aconteceu no final de 2019, já que, até o momento, “não há sinalização do BC de que vai controlar essa alta”.
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