A Procter & Gamble divulgou vendas trimestrais que ficaram aquém das estimativas dos analistas pela primeira vez em mais de um ano, afetadas pela fraqueza em seus negócios de produtos para bebês e cuidados femininos, que vendem de tudo, desde absorventes Tampax até fraldas Pampers.
A empresa tem investido muito no desenvolvimento de novos produtos, no aprimoramento de embalagens e em marketing, ao tentar atrair consumidores mais jovens e combater a concorrência da Unilever, da Reckitt-Benckiser e de empresas locais.
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As vendas dos produtos de limpeza e cuidados domésticos da P&G, seu maior negócio, aumentaram 4%, para US$ 5,79 bilhões, enquanto os produtos para bebês e femininos, apenas 1%, para US$ 4,58 bilhões, ambos ficando aquém das estimativas.
Kevin Grundy, analista da Jefferies, disse que as expectativas de Wall Street foram baseadas no momento da empresa nos últimos cinco trimestres, mas os resultados modestos do segundo trimestre provavelmente serão recebidos com decepção. “Bom trimestre, mas o nível comparativo foi alto”, escreveu em nota aos clientes.
As vendas no setor de produtos de beleza da empresa, que inclui a marca Gillette, aumentaram 2%, para US$ 1,65 bilhão, mas também ficaram abaixo das estimativas. A empresa recebeu uma cobrança de US$ 8 bilhões no ano passado relacionada à unidade, que enfrenta a concorrência de rivais menores, como a Harry e o Dollar Shave Club.
A P&G, no entanto, elevou sua previsão para o ano fiscal de 2020 para um crescimento do lucro por ação para faixa de 8% a 11%, contra a faixa anterior de um aumento de 5% a 10%.
As vendas líquidas aumentaram 4,6%, para US$ 18,24 bilhões, abaixo da estimativa média de analistas de US$ 18,37 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
O lucro líquido atribuível à P&G aumentou 16,4%, para US$ 3,72 bilhões no trimestre encerrado em 31 de dezembro. Excluindo itens únicos, o lucro de US$ 1,42 por ação superou a estimativa média de US$ 1,37.
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